Ex-comandante preso vai passar a
noite em QG da Polícia Militar do Rio
Oficial já foi preso sob a suspeita de chefiar um esquema de corrupção no 7º BPM
O ex-comandante do Batalhão de São Gonçalo (7º BPM), o coronel Djalma Beltrami, que voltou a ser preso na noite de quinta-feira (12) irá passar a noite detido no Quartel General da Polícia Militar, no centro do Rio de Janeiro. Segundo a Secretaria Estadual de Segurança Pública o local em que o militar irá a noite é o mesmo de quando foi preso pela primeira vez.
Em dezembro de 2011, o oficial da Polícia Militar foi preso sob suspeita de chefiar um esquema de corrupção de traficantes, onde recebia R$ 160 mil por mês.
Beltrami foi preso por agentes da CGU (Corregedoria Geral Unificada) após a Justiça do Rio ter decretado a prisão preventiva do coronel. Segundo a secretaria, policiais civis e militares vão encaminhar o oficial para um quartel da PM.
Além do oficial, outros 12 policiais militares tiveram a prisão decretada pela Justiça. Desse total, dez agentes foram presos durante a operação Dezembro Negro da Polícia Civil, que desmontou o esquema de corrupção no 7º BPM no fim do ano passado.
O Ministério Público do Rio denunciou Beltrami, os 12 PMs e mais 27 suspeitos por tráfico de drogas e por associação ao tráfico. De acordo com as investigações traficantes do morro da Coruja, em São Gonçalo, região metropolitana, pagariam propina de R$ 160 mil ao oficial e policiais do GAT (Grupamento de Ações Táticas) do 7º BPM para não reprimir a venda de drogas na comunidade.
Segundo a Polícia Civil, as drogas saíam das favelas do Complexo da Maré e de Manguinhos, na zona norte, e seguiam para o morro da Coruja. Os PMS, de acordo com a polícia, recebiam o dinheiro para não reprimir a chegada do material na comunidade de São Gonçalo.
Depois disso, as drogas eram levadas para o município de São Pedro da Aldeia, na região dos lagos.
O "zero um"
O oficial assumiu o comando do 7º BPM em setembro do ano passado com a missão de moralizar o batalhão após a prisão do tenente-coronel Cláudio Oliveira, acusado de ser o mandante do assassinato da juíza Patrícia Acioli .
Escutas telefônicas entre um policial do 7º BPM e um traficante do morro da Coruja revelariam que Beltrami recebia R$ 10 mil por semana para facilitar o tráfico de drogas na comunidade. Na conversa, o agente, segundo as investigações, fazia referência ao coronel como o “zero um” e que negociaria com ele o valor da propina.
Beltrami chegou a ser preso no dia 19 dezembro, mas foi solto dois dias depois. Na época, a Justiça entendeu que a expressão “zero um” não deixava claro o envolvimento do coronel no esquema de corrupção.
Em liberdade, o ex-comandante negou a sua participação na negociação com os traficantes. Ele também disse desconhecer o envolvimento dos outros PMs.
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