Informação policial e Bombeiro Militar

sábado, 22 de outubro de 2011

Recusou-se ou não recusou-se? Delegado rebate PMs e nega suposta recusa em receber presos em flagrante

O delegado Custódio Arraes, que estava na escala de plantão durante a noite de quinta-feira (19) na Delegacia de Plantão zona Sul, na Cidade da Esperança, negou que tivesse se recusado a receber dois suspeitos de assalto que foram presos em flagrante pela Polícia Militar. De acordo com ele, foram os próprios policiais militares que não aguardaram uma solução por parte do delegado.

Na noite de ontem, o delegado teria se recusado a lavrar o flagrante de dois jovens acusados de assalto à mão armada. Segundo a versão dos policiais militares da Rocam, um homem e um adolescente foram detidos em flagrante após assaltarem um casal de turistas do Paraná na passarela de acesso ao Forte dos Reis Magos, na praia do Forte.

Após a prisão em flagrante, de acordo com versão dos policiais, ambos os criminosos foram reconhecidos pelas vítimas e levados à Delegacia Especializada em Atendimento ao Turista. Lá, foram informados pelos agentes que não havia delegado para lavrar o flagrante. Após isso, os policiais levaram os suspeitos para a Plantão Zona Sul, na Cidade da Esperança. De acordo com relato dos PMs, eles foram orientados pela equipe de plantão a levar os assaltantes à Delegacia Especializada no Adolescente - cujo prédio foi arrombado na madrugada da quarta-feira -, mas receberam a informação que os delegados daquela unidade estavam em reunião e não havia condições de lavrar o flagrante.

Depois disso, ainda de acordo com a versão dos policiais militares, eles insistiram em deixar os criminosos na DP zona Sul, mas desta vez, segundo os policiais militares que estavam na ocorrência, ouviram do delegado Custódio Arraes e da equipe de plantão a recusa de recebimento dos presos. Diante da negativa em lavrar o flagrante, já por volta das 22h da quarta-feira, a dupla foi liberada, deixando indignadas as vítimas, que recuperaram os pertences.

No entanto, o delegado Custódio Arraes rebateu a acusação. Segundo ele, que teve reunião a portas fechadas com o secretário de Segurança do Estado, Aldair Rocha, que tudo começou com a negativa dos agentes penitenciários receberem os homens detidos pela Polícia Militar. Os agentes seguiam a determinação do secretário estadual de Justiça e Cidadania, Thiago Cortez, de não receber mais nenhum preso na unidade. Os homens detidos ficaram algemados no corredor da unidade enquanto aguardavam uma decisão.

Com o impase, segundo o delegado, os agentes da Polícia Civil seguiram juntos com representantes do Sinpol para a sede da Delegacia Geral de Polícia (Degepol), com o intuito de solucionar o problema. Arraes disse que orientou vítimas e policiais militares que conduziram os detidos a aguardarem o retorno dos policiais civis para verificar o que havia sido decidido.

"Eles saíram da unidade e ficaram esperando na calçada. Quando a decisão de serem encaminhados para a Delegacia de Plantão da zona Norte chegou e eu procurei para comunicá-los, não havia mais ninguém", explicou Arraes.

Segundo o delegado, os policiais militares decidiram não esperar mais e acabaram soltando os jovens presos em flagrante. "Jogaram na imprensa que eu havia me negado a receber os detidos, mas isso não ocorreu. Eu só pedi um tempo e não fui atendido", destacou o delegado.

De acordo com o secretário Aldair Rocha, o caso será investigado pela Corregedoria Geral de Polícia para verificar se houve falha no procedimento adotado pelo delegado.

Um comentário:

  1. Ainda culpa os PMs que fizeram seu trabalho. Simples é só ouvir a versão das vítimas.
    Alguém quer pizza?
    DEUS ESTÁ NO CONTROLE!!!

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