Um dos presos na Operação Voucher da Polícia Federal (PF) - que, na semana passada, desmontou um esquema de fraudes no Ministério do Turismo - deu um cheque sem fundos para pagar a fiança de 109 mil reais e deixar a cadeia. Agora, Wladimir Furtado, que é pastor
Apelo - O relógio joga contra o pastor-empresário: ele precisará reunir os 109 mil reais (200 salários mínimos) ainda nesta segunda-feira se não quiser voltar à prisão, de onde saiu na madrugada de sábado. Por isso, Furtado fez nesta segunda-feira um apelo por doações em uma emissora de TV do Amapá.
Furtado nega envolvimento em fraudes: diz que as irregularidades, se aconteceram, são de responsabilidade do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestutura Sustentável (Ibrasi) - centro das investigações da Operação Voucher, da Polícia Federal (PF). Ele também nega ter afirmado que a deputada Fátima Pelaes (PT-AP) lhe pediu que assinasse o milionário contrato suspeito.
O empresário foi preso na terça-feira junto com outras 35 pessoas que operavam um esquema de desvios em contrados do Ministério do Turismo.
Foco de corrupção - Para fraudar o convênio que firmou com o Ministério do Turismo em 21 de dezembro de 2009 , o Ibrasi contratou cinco empresas de fachada. Quase todas elas tinham entre seus sócios pessoas próximas a diretores do próprio Ibrasi. A exceção é a Conectur. Como indicam os depoimentos de alguns dos investigados pela PF, essa empresa já era um foco de corrupção.
Diálogos gravados pela PF com autorização da Justiça, aos quais o site de VEJA teve acesso, sugerem que o próprio Ministério do Turismo determinou a contratação da empresa pelo Ibrasi. É o que diz Maria Helena Necchi, diretora da ONG, em conversa telefônica interceptada e que faz parte do relatório dos investigadores: "A Conectur foi contratada quando a gente chegou aí porque era orientação do Ministério, tinha que ser uma empresa que estava aí".evangélico, tenta arrecadar o dinheiro junto a familiares, amigos e fieis da Assembleia de Deus Casa de Oração Betel, em Macapá (AP).
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