O impasse entre os delegados de policia e o governo, tem criado intranqüilidade no interior do estado, onde mais de 20 cidades estão com suas delegacias vazias. Agora a PM ameaça deixar a capital sergipana sem policiamento nas ruas.
O presidente da Associação dos Delegados do Estado de Sergipe, Kássio Viana, em todas as entrevistas, tem afirmado que a categoria não abre mão de suas reivindicações, o movimento irá continuar, ou seja, o interior do estado vai continuar sem policiamento.
A situação tende a se agravar, a partir de uma manifestação feita pela policia militar, na tarde desta segunda-feira (09), onde mais de 700 PMs, estiveram na Assembléia Legislativa, para cobrar uma promessa feita pelo governo de que as reivindicações feitas pelos militares, estavam em estudo, porem ate o momento nada foi definido.
O representante da classe, deputado Capitão Samuel Barreto, fez um discurso inflamado, cobrando uma posição do governo. Samuel chegou inclusive a declarar que sua “paciência com o governo havia se esgotado”.
As associações unidas, estão reivindicando uma definição da carga horária; exigência de nível superior para o ingresso na corporação; a Lei de Organização Básica (LOB); as promoções e a etapa alimentar, para que o PM deixasse de fazer as refeições nos quartéis, e para isso seria pago uma cota/refeição.
Alem dessas reivindicações, eles alegam que o tratamento dispensado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), é discriminatória com relação a Policia Militar e para isso eles estão exigindo um tratamento igualitário ao dispensado a Policia Civil.
Quanto as promoções, há cerca de 300 policiais que estão sendo prejudicados, já que adquiriram o direito de serem promovidos, porem isso não acontece, chegando inclusive a ter PM esperando sua promoção por mais de 16 anos.
Por esses motivos, agora será a vez de Aracaju, começar a enfrentar problemas com a falta de segurança. Durante a manifestação realizada na AL, vários policiais disseram que se não forem atendidos, a capital vai ficar sem segurança. “A população vai ver policiais na rua, mas nós não vamos ver a ação dos bandidos. Ou o governo nos trata como funcionários públicos de fato e de direito como somos, ou todos vão ver como se faz uma greve branca”, disseram.
O governo alega que está investindo milhões na Segurança Pública, o que é contestado pela maioria dos PMs que dizem que o governo não esta investindo onde mais precisa: “No material humano, que somos nós”, desabafa o PM.
Um dos PMs, em tom de desabafo, disse que é preciso rever a legislação, pois segundo ele, oficiais precisam sair de seus gabinetes e irem para a rua ajudar a combater o crime.
Fonte: Plenário http://www.faxaju.com.br/viz_conteudo.asp?id=115651
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