Informação policial e Bombeiro Militar

domingo, 6 de outubro de 2013

PMPE: Três PMs de Pernambuco estão sendo feito reféns num acampamento dos Sem Terras-MST, no interior da Paraíba, o tenente da PMPB que foi ao local disse que os reféns a princípio eram três usineiros, depois nos passaram que eram três caçadores, e a última informação é de que os três detidos são policiais, os sem terra disseram que só liberariam os PMs com a presença da Polícia Federal, já a PF disse que lá não vai ao local pois não é da competência dela resolver esse imbróglio, os reféns são um sargento e dois soldados, uma representante dos sem terras disse que não iriam soltar os PMs se ser investigado a situação e acrescentou: não podemos simplesmente liberá-los, não sabemos o que podem fazer no dia seguinte. Estaríamos colocando em risco a vida de trabalhadoras e trabalhadores. Um deputado da Paraíba foi lá intermediar, mas não conseguiu resolver o problema. Veja.



Três são feitos reféns após invadirem assentamento do MST na Paraíba



Confusão aconteceu na noite de sábado (5), em Caaporã, no Litoral Sul.
Invasores são policiais militares em Pernambuco, segundo MST.


André ResendeDo G1 PB

Uma invasão no assentamento Wanderley Caixe, do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), localizado no município de Caaporã, na divisa da Paraíba com o estado de Pernambuco, gerou uma revolta por parte dos assentados no final da tarde deste sábado (5). Segundo Sílvia de Melo Oliveira, integrante da coordenação do assentamento, três homens, dois deles armados, invadiram o local procurando por lideranças do movimento. A atitude gerou suspeitas nos integrantes do MST, que decidiram prender os três.
Por conta da confusão, a Polícia Militar foi chamada no início da noite para mediar a situação e cercou o local. De acordo com o tenente Tavares, um chamado feito através do Centro Integrado de Operação da Polícia (Ciop) informava que três pessoas tinham sido feitas reféns pelos MST em Caaporã. “As informações foram desencontradas, estamos no local para apurar. A princípio eram três usineiros, depois nos passaram que eram três caçadores, e a última informação é de que os três detidos são policiais”, relatou.
Segundo Sílvia de Melo Oliveira, os três homens presos pelos integrantes do movimento são policiais militares em Pernambuco, sendo dois soldados e um sargento. “Os três são policiais em Pernambuco e vivem circulando por Caaporã. O sargento, preso pelo movimento, é proprietário de uma empresa de segurança, os outros dois policiais também trabalham para ele”, denunciou.

De acordo com o MST, há cerca de dois meses os donos de uma usina próxima do assentamento contrataram uma empresa de segurança privada que passou rotineiramente abordar moradores do assentamento, cobrando documentações. A empresa, de propriedade do sargento preso pelo MST neste sábado, é clandestina, segundo Sílvia de Melo Oliveira. “São pessoas que agem como verdadeiros capangas”, completou.
Segundo a coordenadora do assentamento, a área ocupada pelos trabalhadores sem-terra do assentamento Wanderley Caixe pertencia à usina e atualmente está sub júdice para serem inseridas no programa de Reforma Agrária. “O deputado Luiz Couto [PT] já denunciou a ação de grupos de extermínio na região de Caaporão. Ações que muitas vezes tem policiais envolvidos. O episódio deste sábado é apenas mais um capítulo dessa história”, desabafou.
Até as 20h30 deste sábado (5), os três homens continuavam presos no assentamento Wanderley Caixe, em Caaporã. Segundo o MST, os supostos policiais só serão liberados com a chegada da Polícia Federal no local. “Não vamos soltá-los sem a presença da PF. É preciso que se investigue a situação, não podemos simplesmente liberá-los, não sabemos o que podem fazer no dia seguinte. Estaríamos colocando em risco a vida de trabalhadoras e trabalhadores”, concluiu.
Segundo informações do tenente Tavares, os acampados amenizaram os ânimos com a chegada do deputado estadual Frei Anastácio (PT), que é ligado às causas do MST. A Polícia Federal, por meio da assessoria, informou que chegou a ser notificada do caso, mas que a situação não compete às Polícia Federal e, portanto, nenhuma equipe seria designada para o local.
De acordo com a coordenação do Wanderley Caixe, cerca de 1.300 famílias vivem no assentamento. Eles aguardam a decisão da Justiça de incluir ou não a terra ocupada no programa de Reforma Agrária do Governo Federal.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O autor desse Blog não se responsabiliza pelos comentários aqui postado. Sendo de inteira responsabilidade da pessoa que o fez as consequências do mesmo.