Informação policial e Bombeiro Militar

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

ONG diz que PM do Rio mandou crianças tirarem fraldas em operação em favela



A idealizadora da ONG Uerê afirma que policiais foram truculentos durante operação na manhã desta sexta-feira (11) na comunidade Nova Maré, no Complexo da Maré, zona norte do Rio de Janeiro. Segundo a artista plástica Yvone Bezerra de Mello, os agentes da Polícia Militar chegaram até a ordenar que fossem retiradas as fraldas das crianças durante uma revista. 
"Onde está o respeito? Isso não é mais tolerável, isso não é atitude. Eles (os policiais) chegam com arma na porta da escola e são mal educados", afirma Yvone, que se viu obrigada a fechar a escola que atende 250 crianças e adolescentes com dificuldade de aprendizagem. "Quando a gente reclama, nos xingam de um monte de coisa. Tem que acabar com isso."
Uma professora da escola, que preferiu não se identificar, conta que a operação começou por volta das 5h40 com um helicóptero fazendo voos rasantes. Por volta das 7h30, agentes começaram a transitar pelas vias da favela. 
"Entraram armados dentro da escola cheia de crianças. Quando a gente reclamou, disseram que a gente estava atrapalhando o trabalho da polícia. Pessoas que não moram na comunidade ficam assustadas", contou a professora. "Teve uma professora que disse que não tinha como dar aula com aquela pressão. Houve troca de tiro, tivemos que colocar todas as crianças no chão."
A parte da operação que mais incomodou foi a revista das fraldas das crianças. "Mandaram as mães tirarem as fraldas. Presenciei essa cena e achei grotesca. Você pode ter operação com inteligência", afirmou Yvone. "Não precisa colocar toda uma população em risco. Acho isso uma coisa descabida."
Segundo a PM, os agentes eram do 22º Batalhão (Maré) e do COE (Comando de Operações Especiais). Eles prenderam um homem e apreenderam dois menores por envolvimento com tráfico de drogas na Vila dos Pinheiros.
Foram apreendidos 9.792 cápsulas de cocaína, 598 frascos da droga, dez bolas de cocaína pura, com aproximadamente 2 kg cada, 32 papelotes com 20 g, material para endolação, bases para rádios transmissores, uma pistola e um caderno com anotações do tráfico. O material estava escondido em uma laje, em uma residência do Conjunto Esperança. A PM não comentou a denúncia da ONG.
Uol 

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