Informação policial e Bombeiro Militar

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

E aí se precisar usar mesmo, vai usar de verdade, ou sair correndo? PM do Rio proíbe uso de balas de borracha em protestos.


PM do Rio proíbe uso de balas de borracha em protestos


Só oficiais podem portar bombas de gás, de efeito moral e spray de pimenta, para uso por policiais com treinamento e segundo o 'perfil comportamental'

O comandante-geral da Polícia Militar do Rio, coronel José Luís Castro Menezes, publicou no boletim interno da corporação uma determinação proibindo o uso de armas de balas de borracha na repressão aos protestos de rua. A nota nº 1085 afirma que "as munições de impacto controlado ('balas de borracha') não deverão ser utilizadas, sob nenhum pretexto, até ulterior determinação do Comando da Corporação”.
Reprodução
O argumento para a proibição é o risco de não haver controle sobre quem são os atingidos pelos projéteis. As balas de borracha, assim como as armas de choque e o spray de pimenta, causam desgaste à imagem da polícia, e são frequentemente motivo das fotografias e vídeos denunciando ação truculenta dos PMs.
A nota emitida pelo comando da PM também cria regras mais rígidas para o uso de spray de pimenta. Um dos itens da nota estabelece que somente “o oficial comandante da Força de Choque tenha autorização para portar munição química, bem como o armamento menos letal”. Os praças só estão autorizados a utilizá-lo “diante da análise de sua capacidade de manuseio e de seu perfil comportamental”. Ou seja, a PM reconhece que nem todos os policiais estão preparados para usar esse tipo de recurso.
Desde junho, a repressão às manifestações de rua causa problemas para a PM. A imagem de um policial disparando spray de pimenta contra uma mulher de meia idade, com uma bolsa, foi republicada em jornais de várias partes do mundo. A mulher, aparentemente, não era participante da manifestação.
A dor de cabeça do momento para o comandante da PM é a acusação de que um policial forjou um flagrante, simulando encontrar, com um jovem, um morteiro. O artefato, na verdade, tinha sido recolhido pelo policial em outro momento. Um vídeo feito por um participante do protesto de segunda-feira mostra o momento em que o policial joga o morteiro no chão e depois leva detido o rapaz.

Fonte: VEJA

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