Informação policial e Bombeiro Militar

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

A discriminação contra as mulheres na Polícia Militar.

Policia Militar: mulheres sentem-se discriminadas

11 de outubro de 2013
De manifestação de um grupo de mulheres que se sentem discriminadas pelas normas de cotas no ingresso na Policia Militar de Santa Catarina, via e-mail:
“É com imensa satisfação que viemos através deste contar-lhes de forma rápida a discriminação que estamos sofrendo perante o número reduzido de vagas destinadas às femininas que querem ingressar carreira junto à Polícia Militar de Santa Catarina.
No início de 2013, a Polícia Militar de Santa Catarina lançou o edital 015/2013 disponibilizando 1000 vagas para soldados, sendo que destas vagas todas APENAS 6% são destinadas às mulheres.
Pois bem, sem exitar, nos inscrevemos no concurso e participamos de inúmeras etapas, dentre elas prova escrita, médica, física, psicológica, QIS, toxicológico e matrícula no Curso de Formação de Soldado. Lembrando que fomos APTAS e APROVADAS em todas estas etapas.
Acontece, que como não ficamos dentre os números de vagas disponibilizadas, passamos a formar o CR – Cadastro de Reserva (que tem previsão expressa no edital).
Enfim, no dia 30/09 foi realizada a aula inaugural do curso de formação, no Teatro do CIC em Florianópolis, com a presença do Ilustre Ministro da Justiça, Governador do Estado e demais autoridades estaduais, e para a nossa surpresa, muitas vagas masculinas ficaram ociosas.
Então, como existiam alguns homens no CR (número incrivelmente pequeno) todos eles foram chamados para integrar a instituição e pasme, ainda assim sobraram em média umas 255 vagas, segundo dados estatísticos fornecidos pelo site oficial da PMSC.
Tendo a nítida visão de que estamos sendo discriminadas, unimos nossas forças e interesses pela causa e reivindicamos que todas nós também sejamos chamadas para ingressar nos quadros militares, haja vista que todas nós demos “show” tanto na prova escrita e na prova física e estamos fora. Frisando ainda, que fomos melhores que muitos masculinos na maioria dos quesitos.
Não é justo que nós fiquemos no aguardo de supostas novas vagas enquanto aqueles homens que atingiram nota mínima estejam frequentando as aulas e nós, tão capacitadas quanto, estejamos de fora.
Ainda cabe salientar, que fomos convocadas à fazer a matrícula do CFSD e entregamos todos os documentos exigidos (exceto a exoneração de emprego).
A Polícia Militar é um órgão estadual da administração pública direta que visa a segurança pública, e como bem sabemos, essa segurança não é feita apenas de forma braçal, já que provavelmente este seja o único quesito que perdemos para os homens.
Sabemos que por muitos anos o militarismo foi unicamente formado por homens e que as mulheres sequer tinham possibilidade de ingresso, porém para acompanhar o desenvolvimento global da sociedade hoje é possível fazer parte de diversos órgãos, mas, por alguns intemperes ainda sofremos com o machismo que nos julga incapazes de realizar algumas tarefas.
O que nos faz lutar pelo nosso direito é a crença de que podemos e iremos realizar um bom trabalho dentro da instituição e que esta Lei Estadual fere os princípios de igualdade previsto no artigo 5º da Carta Magna, o qual afirma que TODOS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI.
Sabendo que um grupo unido e bem organizado tem voz ativa perante a sociedade, viemos solicitar seu apoio nessa causa nobre, para que possamos vencer essa batalha e poder assim, ingressar nos quadros da PMSC.

Fonte: Blog do Moacir Pereira

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