Em busca de uma mudança dentro da própria corporação, os delegados de Pernambuco decidiram investigar os inquéritos de acordo com a ordem cronológica dos casos. A Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco (Adeppe) tomou a decisão ao fim da primeira assembleia da categoria, realizada semana passada. O grupo explica que o gesto tem a intenção de recuperar a “dignidade profissional” da classe. A ação deve interferir diretamente nas metas do Pacto pela Vida.
O presidente da Adeppe, Francisco Rodrigues, afirmou que o Pacto pela Vida foca apenas nos homicídios mais recentes e esquece as vítimas e familiares dos casos mais antigos, ainda não esclarecidos. “Mas todos os crimes merecem igual esforço na elucidação e, em respeito ao cidadão, agora o foco será na ordem cronológica”, frisou o delegado.
Na assembleia, também ficou estabelecido o ajuizamento de ação de cobrança de horas extras trabalhadas e de adicional noturno. Apoiados pela Adeppe, os delegados vão exigir o cumprimento das formalidades nas convocações extraordinárias, a exemplo de ofícios e do pagamento de diárias.
A associação ressalta que, embora a Polícia Civil tenha obtido a terceira colocação nacional na elucidação das investigações de homicídios, os delegados recebem o pior salário do País.
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