Procurador-geral do Rio quer aumentar fiscalização sobre o trabalho da polícia
Da Agência Brasil
Edição Jorge Wamburg
O procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Marfan Vieira, disse hoje (23), ao tomar posse para o quarto mandato consecutivo, que o Ministério Público Estadual (MPE) dará prioridade à fiscalização sobre as investigações da polícia para evitar casos de impunidade. Em dezembro do ano passado, Vieira foi o mais votado para a chefiar o MPE e, em janeiro deste ano, o governador Luiz Fernando Pezão o confirmou no cargo.
Segundo Vieira, um dos principais desafios para o MPE é ter uma investigação criminal mais eficiente. “Isso é preciso para que possamos fazer nosso trabalho, que é o de responsabilizar o autor da infração, oferecendo denúncia contra ele e iniciando a ação penal. As investigações, hoje, têm gerado impunidade e um agravamento da criminalidade e da violência no estado. Como o trabalho da polícia tem como destino, em 99% dos casos, o Ministério Público, precisamos ter uma atuação mais ativa para solucionar o problema.”
De acordo com o procurador, as centrais de inquérito serão reestruturadas. “Vamos promover ações, não no sentido de produzir as investigações, já que esse é o trabalho da polícia, mas no sentido de fiscalizar.” Vieira destacou que os grupos do MPE estão sendo criados para atuar em duas frentes: controle externo da atividade policial e incentivo a políticas para melhorar a segurança pública no estado.
Durante a cerimônia de posse, o governador Luiz Fernando Pezão ressaltou a importância da parceria com o MPE para combater a criminalidade e “a proatividade do procurador Marfan", que sempre ajudou a vencermos barreiras e atender às demandas. Pezão reiterou o compromisso de "levar liberdade a territórios ainda conflagrados" e disse que, para isso, precisa muito da união com o Ministério Público.
Segundo o MPRJ, Marfan obteve na eleição 707 votos, que correspondem a 79,43% do total, contra 150 de Alberto Flores Camargo, seu opositor. Marfan Vieira tomou posse como procurador-geral de Justiça em 2005, foi reeleito em 2007 e em 2009. Com a nova nomeação, ele permanece no cargo até 2017.
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