Policiais criam perfis e publicam informações falsas para confundir. Objetivo é evitar que motoristas embriagados fujam da fiscalização.
Do G1 ES
A Polícia Militar do Espírito Santo está publicando informações falsas nas redes sociais para evitar que motoristas bêbados escapem da blitz da lei seca. A estratégia é feita pelo Serviço de Inteligência da PM, que cria perfis para monitorar as páginas que avisam sobre blitz e inserem informações para confundir os motoristas que querem fugir da fiscalização.
O capitão Isaac Rubim, comandante da 3ª Companhia Especializada em Policiamento Rodoviário do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), explica a ação. "Percebemos que algumas pessoas irresponsáveis estavam postando informações acerca das nossas localizações e os condutores que dirigiam embriagados estavam usando desse mecanismo para fugir da fiscalização. Então começamos a postar contrainformações, para confundir as pessoas que se valem desse mecanismo, para elas também não darem crédito a perfil que poste informação de localização das operações", diz.
Ele reforça que a intenção é tirar a credibilidade das informações sobre blitze publicadas nas redes sociais e em aplicativos de celular. "Colocar informações de blitz nas redes sociais é uma prática irresponsável, que ajuda criminosos. As pessoas querem polemizar, dizendo que a polícia não pode fazer isso. Mas é a forma que temos de enfraquecer essa prática, de deixar as pessoas na dúvida, desviando de lugares onde não há ação ou direcionando para nossa operação", conta.
Segundo o capitão, de 520 motoristas abordados nas blitze da Grande Vitória, apenas um não bebeu. Esse número mostra a importância da fiscalização para garantir a segurança das pessoas no trânsito. "Quem desvia motorista alcoolizado de blitz está ajudando um criminoso. A gente tem que fugir do criminoso do estereótipo comum, que anda armado, que rouba, que mata, que trafica. O condutor que não tem condições de ficar em pé, que não consegue nem falar direito, também é um criminoso. É um potencial causador de tragédia", afirma o capitão Isaac Rubim.
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