RAUL JUSTE LORES
DE WASHINGTON
DE WASHINGTON
Uma audiência pública na CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos) trata amanhã em Washington do abuso policial no Brasil, especialmente durante os protestos de rua a partir de junho.
Detenções arbitrárias, violência contra manifestantes e jornalistas e espectadores dos protestos que se espalharam pelo país serão denunciadas publicamente à comissão, que é ligada à OEA (Organização dos Estados Americanos).
Várias organizações de direitos humanos brasileiras estarão representadas, como Conectas, Justiça Global, Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa, Quilombo Xis Ação Comunitária Cultural e Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro.
O evento ocorre dentro dos 150º Período de Sessões da Comissão, que vai até o dia 4.
Mais de 50 audiências são organizadas, tratando de temas que vão das prisões e da liberdade de expressão na Venezuela e em Cuba, à situação de imigrantes haitianos na República Dominicana, de gays e lésbicas no Paraguai e na Bolívia a indígenas no Chile.
O brasileiro Paulo Vannuchi, ex-ministro da Secretaria de Direitos Humanos no governo Lula, é membro da mesa diretora da comissão desde o ano passado.
As relações entre o governo brasileiro e a CIDH ficaram estremecidas em 2011 quando a comissão pediu a suspensão das obras da usina de Belo Monte (PA) por possíveis impactos na comunidade indígena. Em retaliação, o Brasil retirou seu embaixador da OEA, situação que se mantém.
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