O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) informou, nesta quarta-feira (18), que entrou com uma ação civil pública contra a Fifa, o Comitê Organizador Brasileiro Ltda. e a Match Serviços de Eventos Ltda. pedindo uma indenização de danos morais coletivos, no valor de R$ 5 milhões, por infrações ao Código do Consumidor cometidas durante a Copa das Confederações, ocorrida em junho passado.

As irregularidades registradas na Arena Pernambuco incluem, segundo o órgão, ausência de transparência na venda das entradas para os jogos e trocas de assentos que não correspondiam aos especificados nos ingressos. O G1 procurou as a Fifa, o Comitê Organizador Brasileiro Ltda. e a Match Serviços de Eventos Ltda., empresa responsável pela comercialização das entradas, mas não conseguiu contato até a publicação desta reportagem.

“Recebemos várias queixas de torcedores reclamando da localização dos assentos especificados nos bilhetes. A Fifa dividiu as arquibancadas em quatro setores, as teve gente que comprou ingresso para uma área e teve que ficar em outra, de entrada mais barata”, explicou o promotor Luiz Guilherme Lapenda, que assina o documento com os promotores José Bispo, Selma Carneiro e Márcia Cordeiro de Lima.
A ação conjunta também pede que os R$ 5 milhões, exigidos a título de reparação pelos danos morais coletivos, sejam revertidos ao Fundo Estadual do Consumidor. “Cada torcedor também pode ingressar com uma ação individual pedindo indenização por algum problema ocorrido durante os jogos. Basta procurar o Ministério Público”, acrescentou Lapenda, que coordena o Grupo de Trabalho criado pelo MPPE para fazer o acompanhamento das obras da Copa das Confederações e da Copa do Mundo de 2014.

O promotor ainda ressaltou que, além do caráter repressivo, a ação é preventiva e inibitória. “Queremos evitar que as mesma irregularidades se repitam na Copa do Mundo, pois a Fifa, o Comitê Organizar e a Match são responsáveis pela venda dos ingressos”.