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quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Capitão da Polícia Militar pega 15 anos de prisão por morte de universitário em 2008


PM responderá em liberdade e a defesa do acusado pediu diminuição da pena

Atualizada às 18h
O capitão da Polícia Militar de Alagoas, Eduardo Alex dos Santos, sentou no banco dos réus na manhã desta terça-feira (3). No final da tarde, a Justiça decidiu pela condenação do réu. Eduardo Alex foi condenado a 15 anos de prisão pela morte do estudante de Geografia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Johnny Wilker da Silva Pino, na época com 21 anos. O crime ocorreu em maio de 2008. Apesar de ter sido condenado, Eduardo Alex dos Santos vai responder em liberdade e a defesa do capitão já recorreu da decisão, pedindo a diminuição da pena.
O juiz Maurício Brêda presidiu o julgamento. A defesa do réu foi formada pelo advogado Raimundo Palmeira. O Ministério Público foi representado pela promotora Marília Cerqueira e sua assistência de acusação foi composta pelo advogado Welton Roberto.
A tese da acusação, segundo Welton Roberto, foi contundente, mostrando que o capitão da Polícia Militar mirou e atirou na nuca de Johnny Wilker, que estava como carona em uma moto na fatídica noite em que uma blitz foi montada pelos militares nas proximidades do sistema penitenciário.
Já o advogado Raimundo Palmeira apresentou à imprensa alguns pontos de sua defesa em prol do Eduardo Alex dos Santos.
“O que houve naquela noite foi uma fatalidade. Dois jovens em uma moto não obedeceram a uma ordem de parada da Polícia Militar que estava fazendo uma blitz. O capitão Alex é um graduado na profissão e até chegou a realizar o socorro da vítima para o hospital. É importante reforçar que os policiais não sabem quem são os motoristas que estão furando um bloqueio”, declarou Raimundo Palmeira.
Familiares do réu e da vítima estiveram no Fórum Jairon Maia Fernandes para acompanhar o júri.
Depoimentos
Réu no julgamento, o capitão Alex foi o primeiro a se pronunciar ao juiz Maurício Brêda. Ele afirmou que não teve a intenção de matar o estudante e que fez dois disparos de metralhadora após ouvir dois estampidos.
“Ordenei que a moto fosse parada para que realizássemos a blitz. O condutor preferiu furar o bloqueio e seguir em frente. Ouvi dois estampidos e reagi com dois tiros de metralhadora. Não tive a intenção de matar o estudante”, declarou o PM.
O caso
O estudante de Geografia Johnny Wilker da Silva Pino saía da Universidade Federal de Alagoas em direção à sua casa. Ele estava como carona em uma moto que acabou furando um bloqueio da PM porque o condutor estava sem a Carteira Nacional de Habilitação.
Ao passar pela blitz, o capitão da PM atirou em direção ao veículo e estudante acabou sendo atingindo. Nos autos do processo constam alguns relatos de que Eduardo Alex dos Santos só atirou porque ouviu um disparo vindo da moto.

Fonte: Tribuna Hoje

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