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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Um tenente, um cabo e seis soldados estão presos suspeitos de teremmatado adolescente com tiro na cabeça.

AMAZONAS

Oito PMs da Força Tática são presos suspeitos de terem matado adolescente com tiro na cabeça

Eles estão sendo investigados pela Corregedoria Geral do Sistema de Segurança Pública do estado e devem ser ouvidos nos próximos dias



Os PMs aguardarão decisão judicial no Quartel de Guardas da instituição
Os PMs aguardarão decisão judicial no Quartel de Guardas da instituição (Arquivo AC)

Oito policiais militares da Força Tática foram presos na manhã desta terça-feira (30), suspeitos de terem assassinado Luan Pereira da Silva, 19, com um tiro na cabeça, no início deste mês, na comunidade Carlos Braga, no bairro Nova Cidade, na Zona Norte de Manaus.

Os PMs foram identificados como tenente Paulo Ricardo Cheick Furtado, cabo Rick Fábio dos Santos de Souza, e os soldados Willian Ferreira Costa, Evandro Saraiva Machado Neto, Jhonatas Trindade da Silva, Maxwell Silva de Souza, Klinger Ferreira de Oliveira e Orlando Castro Martins.

Eles estão sendo investigados pela Corregedoria Geral do Sistema de Segurança Pública do estado e devem ser ouvidos nos próximos dias. Enquanto isso, eles aguardam a decisão judicial no no quartel de Guardas da PM.

De acordo com o processo que está disponível no site do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), no Boletim de Ocorrência (BO) registrado no 15º Distrito Integrado de Polícia (DIP), os policiais alegaram que estavam realizando uma incursão na mata, quando se depararam com uma barraca improvisada e teriam sido recebido a tiros por adolescentes que estavam no local. Os policiais teriam revidado e Luan teria sido atingido.

Segundo eles, a vítima chegou a ser levada para o Serviço de Pronto Atendimento Enfermeira Eliameme Rodrigues Mady, localizado no conjunto Galiléia, Zona Norte, mas chegou morto ao local.

Ainda segundo o processo, dias depois do crime, o pai da vítima procurou a Corregedoria Geral para denunciar que o filho teria sido morto sem motivos. Dois adolescentes, de 15 e 17 anos, testemunharam e contestaram a versão apresentada pelos policiais no BO.

Em depoimento, um deles chegou a dizer que os garotos foram parados em frente a uma boca de fumo na comunidade Carlos Braga e foram conduzidos até um ramal onde o crime teria acontecido.

Eles afirmaram que um dos policiais levou Luan para uma área mais afastada, mandou que ele se ajoelhasse e equilibrasse uma garrafa na cabeça. Afirmaram também que, nesse momento, outro PM atirou contra o garoto, atingido-o na cabeça.

Em nota, a Corregedoria Geral informou que a prisão preventiva dos PMs foi expedida pela juíza plantonista Sanã Nogueira Almendros de Oliveira, tendo como fundamento possíveis ameaças às testemunhas, e ressaltou que a Polícia Militar está trabalhando em conjunto no Inquérito Policial Militar (IPM). O comandante da Força Tática, major Augusto César Filho, disse que ficou surpreso com a decisão judicial e lamentou a prisão dos policiais.

Fonte: A Crítica

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