durante assalto em Cruzeiro do Sul
(Foto: Arquivo Facebook)
O policial militar Marcos Roberto Araújo, de 43 anos, morto durante um assalto a casa de um empresário em Cruzeiro do Sul, na noite de terça-feira (30), trabalhava como segurança particular, nas horas vagas, para pagar a faculdade dos dois filhos, que estudam na Bolívia. A informação é do cunhado da vítima, Mauro Uchoa. Segundo ele, a família do policial ainda está em 'choque'. O corpo está sendo velado no templo da Igreja Batista da Esperança, onde era membro, e deve ser enterrado às 17h no cemitério São João Batista.
De acordo com Mauro, o PM fazia os trabalhos extras para custear a faculdade de medicina dos dois filhos em Cochabamba, na Bolívia. Marcos trabalhava há 22 anos como policial militar. "Ele era como um irmão para mim, mataram um pai de família. Ele fazia esses bicos para pagar a faculdade dos filhos, era o sonho dele ver os filhos formados", desabafa o professor.
Uchoa revela que os sobrinhos vieram da Bolívia há duas semanas para passar o fim de ano com os pais no Juruá. O cunhado conta ainda que a família estava planejando passar a virada do ano na igreja e depois iriam para casa confraternizar com a família. "Ele era evangélico e todos os anos passamos o Réveillon na igreja. Vai ser um grande pesadelo para nós agora, acabou final de ano", diz Mauro
Marcos morreu com um tiro nas costas disparado por um dos assaltantes. A bala acertou o pulmão da vítima. O PM chegou a ser socorrido e levado para o Pronto-Socorro da cidade mas não resistiu e morreu na sala da cirurgia.
'Meu pai é um herói', diz filha
passar o Réveillon com o pai
(Foto: Simone Uchoa/Arquivo Pessoal)
A filha de Marcos Roberto, Amanda Uchoa, de 18 anos, falou ao G1, nesta quarta-feira (31), que o pai trabalhava dia e noite para sustentar a família e pagar a faculdade dela e do irmão. Ainda de acordo com a filha, o maior sonho de Marcos era vê-los concluindo a faculdade de medicina.
"Era o sonho dele, passe o tempo que for, daremos esse orgulho a ele. Meu pai faleceu sendo um verdadeiro herói. Ele foi um bom homem e tinha muita fé", lamenta a filha.
Para a filha, somente Deus pode confortar a família nesse momento. "Nessas horas difíceis, só Deus para confortar nosso coração. Meu pai sempre estará presente, amamos eles e sentimos muito a perda. Meu pai é um herói", finaliza.
Entenda o caso
O policial militar Marcos Roberto Araújo do Nascimento morreu na noite de terça-feira (30), após ser baleado durante um assalto a casa do empresário João Célio Gonçalves Gaspar, conhecido por João Garapa, em Cruzeiro do Sul. O policial foi alvejado com um tiro nas costas que atingiu o pulmão. Ele chegou a ser levado ao Pronto-Socorro mas não resistiu e morreu na sala de cirurgia.
Ainda na noite do crime, a Polícia Militar prendeu um dos suspeitos pelo assalto, conhecido por Pica Pau. O homem era monitorado por tornozeleira eletrônica e rompeu o equipamento próximo ao local e horário do crime.
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