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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Polícia Rodoviária Federal apreende 16 fuzis e 140 quilos de cocaína em caminhão de MS


Foram apreendidos 15 fuzis AK 47, um fuzil .50 e 140 quilos de cocaína que saíram da Bolívia, passaram por Corumbá, e seriam levados para o interior de São Paulo; motorista receberia R$ 15 mil pelo transporte

Do Progresso
Foram encontrados 15 fuzis AK 47, um fuzil ponto 50, munições, uma pistola de origem chinesa e aproximadamente 140 quilos de cocaína pura  em fundo falso de caminhão que havia saido de Corumbá. (Foto: Divulgação/PRF)Foram encontrados 15 fuzis AK 47, um fuzil ponto 50, munições, uma pistola de origem chinesa e aproximadamente 140 quilos de cocaína pura em fundo falso de caminhão que havia saido de Corumbá. (Foto: Divulgação/PRF)
A Polícia Rodoviária Federal (PRF), apreendeu um arsenal de guerra e drogas na noite de anteontem, no Posto Guaicurus, localizado no KM-600 da BR-262 em Miranda. O caminhão foi barrado numa barreira de rotina dos policiais rodoviários e, diante do nervosismo do motorista, foi realizada uma vistoria detalhada no veículo, quando os agentes localizaram o tanque falso com as armas e drogaForam encontrados 15 fuzis AK 47, um fuzil ponto 50, munições, uma pistola de origem chinesa e aproximadamente 140 quilos de cocaína pura que estavam camuflados no fundo falso do tanque de combustível da carreta. Os agentes ainda apreenderam 101 munições calibre ponto 50.O motorista confessou que pegou o caminhão em Corumbá e deixaria o veículo em uma cidade do interior de São Paulo. Ao ser interrogado pelos agentes da PRF, ele confessou que receberia R$ 15 mil pelo transporte. Como é um armamento de guerra, já que o fuzil ponto 50 é utilizado em operações antiaéreas e também pode ser utilizado contra carros forte, o motorista foi autuado por contrabando internacional de armas de uso restrito das Forças Armadas, além de tráfico internacional de drogas.Toda carga foi levada para a Superintendência da Polícia Rodoviária Federal em Campo Grande. Esta foi a maior apreensão de fuzis já realizada pela PRF. A entrada de Fuzis pela Bolívia já é conhecida pelos policiais. Uma das grandes apreensões foi em março de 2010 quando 2 homens que se apresentaram como pastores evangélicos foram presos com sete fuzis 556.Aos policiais o motorista de 33 anos, informou que entregaria o veículo no município de Presidente Epitácio/SP. De acordo com boletim divulgado ontem, somente a PRF apreendeu mais de 62 toneladas de maconha e 2,5 toneladas de cocaína em 2014, num indicativo que o Mato Grosso do Sul está consolidado como rota para o tráfico internacional de drogas e armas.

Operação
apreensão dos 16 fuzis pela Polícia Rodoviária em Mato Grosso do Sul ocorre um dia após a Polícia Federal ter deflagrada, no Espírito Santo, a Operação Arsenal II, com objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada no tráfico internacional de armas.De acordo com a PF, o grupo criminoso tinha como líderes agentes penitenciários que viajavam para a fronteira e adquiriam armas no Paraguai, transportando-as até o Espírito Santo para alimentar uma rede de comércio ilegal de armas e munições.O esquema criminoso estaria em funcionamento há dois anos e já teria propiciado a comercialização de 500 armas e grande quantidade de munições de diversos calibres. As investigações foram iniciadas há cerca de sete meses pela Polícia Civil capixaba, com base em prisões efetuadas no referido estado.
A operação da Polícia Federal contou com a participação de 30 policiais federais e 160 policiais civis. Ao todo, foram cumpridos 24 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão, cujas ordens judiciais foram expedidas pela 2ª Vara da Justiça Federal de Vitória, capital do Espírito Santo.
Eixo do mal
Investigação da Polícia Federal revela que que criminosos estrangeiros abriram canais para o envio de armas a grupo brasileiro. Na região de fronteira que separa Brasil, Argentina e Paraguai, a atuação de grupos ligados ao terrorismo internacional sempre foi, para as autoridades americanas, um fato incontestável. No Brasil, pelo menos oficialmente, o caso nunca foi admitido, e as declarações governamentais costumam minimizar o tema.
Nos últimos anos, no entanto, os serviços de inteligência do país reuniram uma série de indícios de que traficantes de origem libanesa ligados ao Hezbollah, se aventuraram numa associação com criminosos brasileiros.
Relatórios produzidos pela Polícia Federal apontam que esses grupos se ligaram ao PCC, organização criminosa que atua nos presídios brasileiros, principalmente nos de São Paulo. Uma série de documentos revela que essa espécie de sociedade da delinquência começou a ser montada em 2006. Mas as provas só foram descobertas dois anos depois, quando uma operação realizada pela PF reuniu os primeiros indícios da ligação entre libaneses e a organização criminosa brasileira.

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