Informação policial e Bombeiro Militar

quinta-feira, 20 de junho de 2013

O Major está certo, o Major está mais do que certo, o Major está certíssimo.




Desabafo de major paraibano sobre protestos repercute nas redes sociais

19/06/2013 - 18:15
Vanessa Silva
Do NE10/ Paraíba
Foto: Reprodução/ Facebook
Publicado esta semana no Facebook, um comentário sobre os protestos que ocorrem em todo o Brasil feito pelo major Marcus Azevedo tem gerado grande repercussão nas redes sociais. Ele, que pertence ao 1º Comando de Policiamento Regional de Campina Grande, na Paraíba, fez um desabafo na rede social no qual defende a desmilitarização da polícia.

O texto se deu em resposta às críticas geradas na internet das ações da Polícia Militar durante os protestos no Rio de Janeiro e São Paulo contra o aumento do preço das tarifas de ônibus. Manifestações e vídeos compartilhados nas redes sociais mostraram o uso de bombas de efeito moral e balas de borracha pela polícia para dispersar os manifestantes.

Em sua declaração, o major Marcus explica que o Policial Militar, na condição de contraponto aos manifestantes, é proibido de questionar ordens dadas por superiores, sujeito a punição por desobediência. “Pouca gente sabe da nossa realidade. Somos militares porque os governantes de hoje, a esquerda que foi oprimida pelos militares, e promulgou a Constituição de 1988, preferiu nos deixar militares, pois assim não temos direitos de cidadão. Podemos ser presos administrativamente, podemos ser presos por motim se nos recusarmos a cumprir ordens”, disse em um trecho do depoimento.

Ao final, Azevedo pede que os manifestantes não vejam os policiais militares como inimigos apenas por conta da farda que vestem. “Não me veja diferente pela farda que eu visto, que eu preferia fosse de uma policia verdadeiramente cidadã, sem esse militarismo que nos aprisiona em nossos uniformes”, completou.

Leia aqui a íntegra do depoimento do major paraibano, publicada originalmente na página do ator e diretor Guilherme Briggs:


"É, caro Briggs. Sou seu fã há tempos, desde "pequenininho" (tenho quase sua idade ) e sou Major da Polícia Militar da Paraíba. Teremos protestos aqui, mas temos também um histórico de nunca ter havido confronto com manifestantes, então cremos que tudo sairá em paz. Pouca gente não sabe de nossa realidade. Somos militares porque os governantes de hoje, a esquerda que foi oprimida pelos militares, e promulgou a Constituição de 1988, preferiu nos deixar militares, pois assim não temos direitos de cidadão. Podemos ser presos administrativamente, podemos ser presos por motim se recusarmos cumprir odens. Não temos direito a Habeas corpus se a prisão for administrativa. Nosso regulamento discip?inar tem o dobro da idade da Constituição, e nada a ver com ela. Podemos ser expulsos por muito pouca coisa, e ver nossas famílias a míngua. estamos submetidos a dois códigos penais (o civil e o militar). Não podemos nos filiar a partidos, nem a nos sindicalizar, ou o direito a greve. Quando há manisfestações nossas, somos tratados como amotinados, e ai, como já houve em vários locais, o exército é colocado contra nós, pois além de tudo, somos fiscalizados por eles. Enfim, somos cidadãos de 2ª classe, e com tão menos direitos do que qualquer cidadão brasileiro, é muito dificil achar quem queira se colocar a frente de qualquer coisa. Enfim, como em Minas Gerais, que a Coronel Cláudia pode ser punida por desobedecer a justiça e permitir manifestações (que terminou em paz, e se tivesse qualquer quebra-quebra, a cabeça dela já teria rolado) tenho certeza que, se não houver vandalismo, muitas policias não oporão resistência, então, pedimos também a compreensão de todos. E obrigado, caro Briggs, pela pessoa maravilhosa que você é, e não me veja diferente pela farda que eu visto, que eu preferia fosse de uma policia verdadeiramente cidadã, sem esse militarismo que nos aprisiona em nossos uniformes."

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O autor desse Blog não se responsabiliza pelos comentários aqui postado. Sendo de inteira responsabilidade da pessoa que o fez as consequências do mesmo.