O governo do estado do Rio de Janeiro realizou uma compra emergencial de gás lacrimogêneo durante as manifestações das últimas duas semanas. O valor da compra, que dispensa licitação, foi de R$ 1,6 milhão. A informação é do deputado estadual Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB).
“Imagino que o governo não estivesse preparado para as manifestações que ocorreram e teve que realizar a compra”, afirmou o deputado Luiz Paulo (PSDB), que acessou o registro da transação através do Sistema de Integrado de Administração Financeira do estado (Siafem).  
Também relativo ao uso de gás lacrimogêneo, a OAB-RJ recebeu denúncias de que a Polícia Militar fluminense recebeu e usou bombas com gás com concentração maior do que a normalmente utilizada. “Vamos questionar o governo se houve realmente a utilização desse material. Se a resposta não for satisfatória, vamos investigar por conta própria”, afirmou Ronaldo Cramer, vice-presidente da OAB.
G1 tentou ouvir a Polícia Militar, mas a assessoria de imprensa afirmou desconhecer qualquer informação relativa à compra ou ao uso de equipamento em concentração diferente. A Secretaria de Segurança e o governo do estado disseram que as informações são de responsabilidade da Polícia Militar.