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segunda-feira, 10 de junho de 2013

Estoura a greve dos policiais em Minas.



Policiais civis entram em greve em Minas Gerais

Categoria deve permanecer em greve até, ao menos, o próximo dia 25, quando nova assembleia será realizada

10 de junho de 2013 | 21h37 | atualizado às 22h02

Em cartilha divulgada para, o sindicato da categoria determinou que somente os procedimentos de flagrante e Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCOs) sejam feitos
A Polícia Civil de Minas Gerais entrou em greve nesta segunda-feira. A decisão, tomada em assembleia no dia 24 de maio, foi reforçada com um ato público em frente à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Os policiais civis mineiros reivindicam a revisão da Lei Orgânica da corporação, que estabelece o plano de carreira e a estruturação da categoria. 
Em cartilha divulgada para a categoria, o Sindicato dos Servidores da Polícia do Estado de Minas Gerais (Sindpol-MG) determinou que o atendimento mínimo seja adotado, e que somente os procedimentos de flagrante e Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCOs) sejam feitos. 
Os Registros de Eventos de Defesa Social (Reds) serão feitos em 30% do total que normalmente são registrados nas delegacias. Durante a greve, inquéritos policiais por portaria e diligências preliminares não serão instaurados, e ocorrências policias não serão despachadas. Também não serão feitas oitivas, intimidações, acareações, reconhecimentos e investigações. 
Segundo a cartilha, operações para cumprimentos de mandados de prisão e busca e apreensão serão feitas apenas em casos inadiáveis ou que coloquem a vida de pessoas em risco. No Detran, serão somente 30% de alguns serviços serão mantidos.
Segundo o presidente do sindicato, Denilson Martins, a greve foi convocada para que a categoria seja ouvida pelo governo do Estado. “Não queremos aumento. Queremos a revisão da Lei Orgânica (da Polícia Civil), a estruturação da categoria”, afirmou. “Cansamos de sermos ignorados. (...) Só somos ouvidos esticando a corda”, disse. 
De acordo com Martins, a categoria foi ignorada pelo governador Antonio Anastasia (PSDB). “É um descaso”, criticou. “Cansamos de tentar tratar tudo na conversa. Conversamos apenas através de vias formais a partir de agora”, afirmou o presidente. 
Para Martins, o governo prioriza a Polícia Militar, e não estrutura adequadamente a Polícia Civil, por uma visão política. “Respeito muito a PM. Eles são guerreiros, de fundamental importância. Mas, quando a barreira da prevenção é ultrapassada, o trabalho de punição é necessário. Atualmente temos diversas prisões e solturas. Prende e solta, prende e solta, por causa da falta de estrutura da Polícia Civil para embasar os inquéritos encaminhados à Justiça.”
De acordo com ele, a Polícia Civil, que atualmente tem cerca de 10 mil policiais, precisaria de um aumento de efetivo para 18.700 homens. “Atualmente a Polícia Civil custa R$ 900 milhões (por ano). As demandas iriam custar um aumento de apenas 12% desse montante”, afirmou Martins. 
Polícia estanha protesto
Em nota, a Polícia Civil do Estado afirmou que “estranha que uma das entidades que representa os policiais civis tenha organizado manifestação, esta tarde, causando transtorno ao trânsito do hipercentro de Belo Horizonte”. 
Segundo a polícia, a manifestação ocorreu três dias após ter sido acordado o envio de propostas de ajustes no projeto da nova Lei Orgânica da Instituição, reivindicados pelas diversas carreiras. “A Polícia Civil espera que o bom senso possa prevalecer, já que o projeto da Lei Orgânica, em tramitação na Assembleia Legislativa, é uma antiga reivindicação dos policiais, e promove uma série de avanços para Instituição, valorizando todas as carreiras. Além disso, nos próximos dias o governo vai anunciar o calendário para a realização de um concurso público para carreira de investigador”, disse em nota a Polícia Civil. 
Segundo a nota, atualmente está em andamento um concurso público para contratação de 1.497 vagas, sendo 121 para médicos legistas, 95 peritos criminais, 415 servidores para o cargo de analista e 866 para técnico assistente.
De acordo com a Polícia Civil, durante esta segunda-feira, o trabalho da polícia foi normal em praticamente todo o Estado. “Em apenas nove cidades foi registrado o atendimento de 30% nas delegacias. São elas, Contagem, Betim, Brasília de Minas, São Francisco, Montalvânia, São Lourenço, Passos, São Sebastião do Paraíso e Inhapim."
Segundo Martins, a categoria permanecerá com efetivo reduzido até, no mínimo, o próximo dia 25, quando nova assembleia, que decidirá pela manutenção ou não da greve, será realizada. “Isso não aconteceria se o governo tivesse negociado antes”, disse. 
Após protesto, policiais se reúnem com governo
Após o ato realizado nesta segunda-feira, representantes dos policiais foram recebidos pelo governo. Na reunião, ficou acertada a contratação de investigadores, através de concurso público. O anúncio foi feito pelo secretário de Estado de Defesa Social, Rômulo Ferraz, e pelo chefe da Polícia Civil, Cylton Brandão. 
Também foi acordada na reunião a retirada do projeto de lei de todo o capítulo que trata do Estatuto Disciplinar da Polícia Civil. O tema agora será tratado de forma separada. 
por: Terra

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