Por terra
Um exame de balística, que comparou cápsulas recolhidas no local do assassinato do coronel reformado do Exército Júlio Miguel Molina Dias, em Porto Alegre (RS), com disparos feitos pela pistola apreendida na casa do soldado da Polícia Militar Denys Pereira da Silva, 23 anos, comprovou que a arma foi realmente utilizada no crime. Os testes, realizados por técnicos do Instituto-Geral de Perícias (IGP), reforçam a suspeita de que o PM participou do homicídio. Ele e o colega Maiquel de Almeida Guilherme, 31 anos, estão presos desde 18 de dezembro por suspeita de envolvimento no crime.
"A perícia foi conclusiva, é uma prova incontestável. Por um acaso, não por coincidência, a arma foi apreendida com o Denys. Como ele vai conseguir se defender disso? Não sei. Ele não será mais interrogado, vamos concluir o inquérito", afirmou o delegado Daniel Ordahi. Molina, ex-comandante do Destacamento de Operações Internas do Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI), órgão subordinado ao Exército durante a ditadura militar, foi morto em uma tentativa frustrada de assalto em 1º de novembro de 2012, no bairro Chácara das Pedras, em Porto Alegre. O objetivo do ataque a Molinas seria roubar a coleção particular de 23 armas do militar.
Na casa de um dos suspeitos, no bairro Vila Nova, na zona sul da cidade, agentes encontraram uma jaqueta e uma touca ninja que haviam sido utilizados em outro crime - um assalto a uma farmácia ocorrido neste ano. Cerca de 120 policiais civis e militares participaram da operação, que cumpriu 14 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão. Três armas foram apreendidas, inclusive uma da PM, além de munição, celulares e computadores.
Na residência da vítima, a polícia encontrou documentos que indicam que o ex-deputado Rubens Paiva foi morto por agentes a mando do regime militar, em 1971. O arquivo foi repassado à Comissão Estadual da Verdade, que também entregou uma cópia ao coordenador da Comissão Nacional da Verdade, Cláudio Fonteles. No acervo de Molinas Dias foram encontrados também detalhes sobre uma manobra para ocultar a responsabilidade de militares ao atentado no Riocentro, em 1981.
Na ocasião, o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT) - que foi ministro da Justiça no governo de Luiz Inácio Lula da Silva -, elogiou a atuação "republicana" da Polícia Civil gaúcha ao entregar o arquivo à Comissão e afirmou que "o outro lado", referindo-se aos militares, tem que tornar público as suas ações durante a ditadura militar para que ocorra uma reconciliação da história do País.
"A perícia foi conclusiva, é uma prova incontestável. Por um acaso, não por coincidência, a arma foi apreendida com o Denys. Como ele vai conseguir se defender disso? Não sei. Ele não será mais interrogado, vamos concluir o inquérito", afirmou o delegado Daniel Ordahi. Molina, ex-comandante do Destacamento de Operações Internas do Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI), órgão subordinado ao Exército durante a ditadura militar, foi morto em uma tentativa frustrada de assalto em 1º de novembro de 2012, no bairro Chácara das Pedras, em Porto Alegre. O objetivo do ataque a Molinas seria roubar a coleção particular de 23 armas do militar.
Na casa de um dos suspeitos, no bairro Vila Nova, na zona sul da cidade, agentes encontraram uma jaqueta e uma touca ninja que haviam sido utilizados em outro crime - um assalto a uma farmácia ocorrido neste ano. Cerca de 120 policiais civis e militares participaram da operação, que cumpriu 14 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão. Três armas foram apreendidas, inclusive uma da PM, além de munição, celulares e computadores.
Na residência da vítima, a polícia encontrou documentos que indicam que o ex-deputado Rubens Paiva foi morto por agentes a mando do regime militar, em 1971. O arquivo foi repassado à Comissão Estadual da Verdade, que também entregou uma cópia ao coordenador da Comissão Nacional da Verdade, Cláudio Fonteles. No acervo de Molinas Dias foram encontrados também detalhes sobre uma manobra para ocultar a responsabilidade de militares ao atentado no Riocentro, em 1981.
Na ocasião, o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT) - que foi ministro da Justiça no governo de Luiz Inácio Lula da Silva -, elogiou a atuação "republicana" da Polícia Civil gaúcha ao entregar o arquivo à Comissão e afirmou que "o outro lado", referindo-se aos militares, tem que tornar público as suas ações durante a ditadura militar para que ocorra uma reconciliação da história do País.
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