Os homens que trabalham para garantir a segurança e a tranquilidade dos mais de 2,5 milhões de habitantes do Distrito Federal viraram alvo de violência da criminalidade. Cerca de 120 Policiais foram mortos nos últimos dois anos, no DF.
Fonte: Videos R7
Comento:
Gostaria que as autoridades constituídas prestassem muita atenção no momento de concederem suas entrevistas e não tentassem colocar na boca da sociedade o pensamento que eles próprios têm acerca das instituições policiais e seus integrantes, mas sim apresentar soluções e não somente críticas. Nivelar por baixo virou uma prática muito simples na atualidade, principalmente quando não existem alternativas plausíveis.
Hoje no programa Balanço Geral da Rede Record o Secretário de Segurança Arthur Trindade disse que as mortes de policiais vitimados são fora das atividades do serviço e que no Distrito Federal existem mecanismos que evitem os policiais de fazerem “bicos”. É fato que essa prática existe, não só aqui no DF, mas como em todo território nacional por grande maioria de policiais militares, bombeiros e policiais civis. Sinal de que algo está errado, pois se o salário fosse condizente com a periculosidade da carreira com toda certeza essa prática jamais existiria, né verdade? Então questiono: Que mecanismos são esses? Se a referência for ao famigerado Serviço Voluntário Gratificado (SVG), gostaria de alertar ao senhor secretário que os valores aplicados atualmente (R$ 300,00 BRUTOS e a promessa no governo anterior era que esse valor dobrasse) não chegam nem próximo à realidade necessária de nossos integrantes para o sustento de suas famílias. Além disso existe uma margem no número de SVG que cada policial pode tirar durante o mês, para receber dois meses depois, que não excede a 4 serviços. Será que o secretário tem conhecimento disso?
Então vamos à matemática: Se cada serviço é de R$ 300,00 brutos e descontados 27,5% de imposto de renda, cabe a cada policial o valor líquido de R$ 217,50 que multiplicado por 4 totaliza R$ 870,00. Isso sem contar o lanche, gasolina para deslocamento e 8 horas mínimas de serviço, muitas das vezes a pé. Sinceramente, será que o nobre secretário acha que esse valor é suficiente para o reforço financeiro que possibilite o sustento de uma família?
Nossas classes estão velhas, cansadas, desmotivadas, traídas por um governo ineficiente e ineficaz que não cumpriu sua palavra para conosco e não estamos mais dispostos a ser a ovelha negra de governos incompetentes que sempre deixaram a segurança pública em segundo plano. Segurança Pública é prioridade! É exatamente nesse momento de nossas vidas que estamos mais necessitados financeiramente, pois as doenças já estão mais acentuadas, nossos filhos e netos estão em período de faculdades e estamos no fim da linha. Isso sem contar que as leis existentes estão aí para proteger bandidos e não quem protege a sociedade, inclusive com o risco da própria vida.
Percebemos que todos se cansaram do “mesmo do mesmo” e um choque de gestão seria fundamental nesse início de governo. Precisamos de prática e práticos que comandaram um batalhão ou uma delegacia, que trocaram tiros com bandidos na rua e não daqueles que sequer sentaram num banco de viatura para um patrulhamento noturno, acostumados aos seus belíssimos e confortáveis gabinetes rarefeitos.
Sugiro que se espelhe nas palavras do sociólogo Antonio Testa para que a segurança pública seja realmente um dever do Estado e não cabide político para atender as vontades de governos e autoridades, muitos deles de total incompetência.
Precisamos sim de uma polícia atuante, mas também de uma polícia valorizada, bem remunerada e altamente motivada, e isso só cabe aos senhores governantes promoverem, afinal, de onde deve partir o exemplo? E só para finalizar, gostaria de lembrar a quem possa interessar que essa situação só chegou onde está justamente porque o canal de interlocução entre governo e polícias, a Secretaria de Segurança, se omitiu e não cumpriu o seu papel.
Não permita um erro grotesco como esse novamente senhor secretário!
Por Poliglota...
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