G1 - Expulsão de policiais militares no RJ atingiu em 2012 o recorde de 317
A Polícia Militar expulsou 317 policiais em 2012, um recorde na história da corporação. Houve um aumento de 121% em relação a 2011, quando 143 foram expulsos, e de 272% em relação a 2010, com 85.O comandante da PM, coronel Erir Ribeiro da Costa Filho, em entrevista ao G1 , disse considerar que esse índice deve-se à nova filosofia adotada à frente da instituição. “Eles estão percebendo que não adianta se esconder e continuar na corrupção. Nós vamos deixar esse legado: uma polícia melhor e mais digna. Aqueles que não se adaptarem, que não aceitarem essa nova orientação, vão embora”, afirmou o comandante.
Erir acredita que esteja implantando uma mudança de cultura na Polícia Militar. “Estamos fazendo um trabalho internamente muito importante, com psicólogos e com os próprios comandantes. Nós tivemos mais de 200 fuzis apreendidos só no ano passado. Então mostra que nós estamos trabalhando e prendendo. A Polícia Militar está se humanizando, o que é mais importante, e mostrando essa nova postura”, disse.
Segundo informações da Polícia Militar, para que sejam expulsos os policiais devem passar por um processo administrativo disciplinar, que tem trâmites diferentes dependendo da patente e do tempo de serviço.
O militar tem amplo direito de defesa e pode recorrer da decisão, que é tomada pelo comandante dos batalhões ou da PM, no caso dos praças, ou pela Justiça, no caso dos oficiais.
O processo administrativo é paralelo ao processo criminal, que pode correr na Auditoria de Justiça Militar, se o crime for militar, ou na vara comum. A punição administrativa máxima que o militar recebe é a expulsão.
De acordo com a Corregedoria da PM, a corrupção é o principal motivo que leva à exclusão do policial, seguida de envolvimento com a milícia (incluindo os crimes de homicídio e extorsão).
Troca de comando na UPP
Segundo Erir, a substituição do coronel Rogério Seabra no comando da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) deve-se principalmente à experiência do coronel Paulo Henrique, ex-comandante do Bope (Batalhão de Operações Especiais), dentro de comunidades. “O Paulo Henrique, como no Bope ele sempre entrava primeiro, já pegou essa 'expertise'. É uma outra filosofia porque ele já conhece também essas comunidades. Então os resultados cada vez mais virão”, disse Erir.
O comandante afirmou ainda que espera ver o Rio de Janeiro livre dos fuzis, mas que no momento ainda há necessidade desse armamento. “Daqui a pouco eu tenho certeza de que o Rio não vai ter mais cabine blindada, não vai ter mais fuzil. Nós estamos caminhando para isso. Mas não pode tirar de uma vez só, porque os policias acham que estão inseguros. São quantos anos utilizando fuzis? Isso é uma cultura de anos que temos que trabalhar a cabeça dos policiais”, declarou.
Sobre os grandes eventos que a cidade receberá, como a Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas, em 2016, Erir disse que a PM estará preparada: "Já está sendo licitado o patrulhamento aéreo, que aqui do QG nós vamos saber como está o policiamento. E tem ainda o centro integrado, que deve ser inaugurado em abril ou maio, uma coisa de primeiro mundo", afirmou.
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