Informação policial e Bombeiro Militar

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Justiça Militar manda soltar PMs envolvidos em morte de coordenador do AfroReggae

da Folha Online

A Justiça Militar do Rio concedeu nesta quinta-feira liberdade provisória aos dois policiais militares acusados de envolvimento na morte do coordenador do AfroReggae, Evandro João da Silva, 42, morto no dia 18 de outubro durante uma tentativa de assalto no centro da cidade. A decisão foi anunciada no início da noite, após reunião entre o Conselho Especial da Justiça da Polícia Militar do Rio, presidido pela juíza Ana Paula Barros, titular da Auditoria da Justiça Militar do Estado.

O capitão Denis Leonard Nogueira Bizarro e do cabo Marcos de Oliveira Salles foram presos preventivamente acusados de não prender os autores do crime e subtrair objetos pessoais da vítima. Na semana passada, a mesma juíza havia negado o pedido de liberdade aos PMs, mas a defesa dos acusados recorreu da decisão.

Nesta quinta, a Justiça optou pela liberdade dos PMs porque, entre outros argumentos, "os crimes imputados aos acusados permitem, em tese, a fixação do regime inicialmente aberto, não sendo razoável mantê-los presos, já que em caso de condenação, seriam soltos, não se vislumbrando por ora necessidade na manutenção da custódia cautelar", afirmou a juíza, em sua decisão.

Acusação

O coordenador social do AfroReggae foi baleado na madrugada de 18 de outubro na esquina das ruas do Ouvidor e do Carmo, na região central da cidade, quando seguia para uma casa noturna. Dois suspeitos pelo crime foram presos e indiciados pela Polícia Civil. Imagens do circuito de segurança de um estabelecimento comercial flagraram a ação.

No dia 17 de novembro, a Justiça aceitou a denúncia (acusação formal) contra os PMs envolvidos no caso. Segundo a acusação, os policiais, em serviço no momento do crime, não prenderam os suspeitos Reginaldo Martins da Silva e Rui Mário Mauricio de Macedo para ficar com os bens roubados e por comodismo. Os dois, portanto, deixaram de praticar voluntariamente um ato de ofício.

Em depoimento à polícia, o capitão negou que tenha omitido socorro. De acordo com o delegado José Luiz Duarte, do 1º DP (Praça Mauá), o capitão afirmou que ouviu o disparo quando passava pela avenida Rio Branco, mas quando chegou à região onde o crime ocorreu --na esquina das ruas do Ouvidor e do Carmo-- não percebeu que havia uma pessoa baleada, e retornou ao posto de patrulha da Candelária.

Compartilhe

http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u668227.shtml

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O autor desse Blog não se responsabiliza pelos comentários aqui postado. Sendo de inteira responsabilidade da pessoa que o fez as consequências do mesmo.