segunda-feira, 14 de julho de 2014
Investigação apura envolvimento de trinta policiais com PCC
A operação da Polícia Civil de São Paulo que culminou na prisão de 39 suspeitos de integrarem o PCC, neste sábado, identificou ao menos trinta policiais civis e militares que teriam ligação com a facção criminosa, informa reportagem desta segunda-feira do jornal Folha de S. Paulo.
Segundo o jornal, os policiais sob suspeita foram flagrados ou citados em ligações telefônicas de criminosos do grupo interceptadas pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). A maioria dos agentes investigados é da Polícia Militar. Entre os casos investigados está o pagamento de propina para que os policiais ignorassem pontos de venda de drogas comandados pela facção criminosa.
Os 39 presos são suspeitos de ligação com o crime organizado e de participar de ações comandadas pela fação que age dentro e fora dos presídios. Durante a operação, comandada Deic, foram apreendidas armas, drogas e documentos. Cerca de 200 agentes da Divisão de Investigações sobre Crimes Contra o Patrimônio participaram da ação. Foram cumpridos 43 mandados de prisão e 47 de busca e apreensão desde a última segunda-feira.
Segundo informações do Deic, dois homens que fazem parte do alto escalão do PCC estão entre os presos. Um deles atuaria como "diretor operacional" da facção fora da cadeia e o outro seria dono de uma loja de carros usados na Zona Leste da capital paulista, onde o bando realizava reuniões.
Em São Paulo, as prisões foram realizadas nas Zonas Leste e Sul, mas também houve prisões nas cidades de Guarulhos e Suzano, na Região Metropolitana. Segundo o Deic, foram seis meses de investigação. Na ação, a polícia apreendeu um fuzil, uma submetralhadora e quatro pistolas. Cem quilos de cocaína e crack, 43 quilos de maconha e 200 frascos de lança-perfume também foram encontrados.
Lucro – Antes do início da Copa do Mundo, interceptações telefônicas feitas pela Polícia Civil mostravam que a prioridade da cúpula da facção era aumentar os lucros com as vendas de entorpecentes durante o período do Mundial. Além das armas e drogas, foram apreendidos também DVDs e pen drives com agenda de contatos e registros de contabilidade da facção. Os dados serão usados pela polícia para tentar localizar outros integrantes que estariam envolvidos com o crime organizado.
Fonte: Expresso MS
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