Desabafo de um Cabo a um Capitão que também é Deputado Estadual por causa da sua prisão por porte ilegal de arma.

Policial militar faz um desabafo por falta de atenção de deputado

Um cabo da policia militar enviou um e-mail à redação do FAXAJU on-line, onde segundo ele, foi feito uma solicitação ao deputado estadual capitão Samuel Barreto, porem não houve retorno. O militar reclama a falta de atenção do parlamentar.

Veja o que diz o desabafo do policial militar e que também foi enviado ao depuado:

Para: Exmo Deputado Capitão Samuel Assunto: Desabafo! Venho por meio deste, expressar a Vossa Excelência a minha profunda tristeza que passo nesse momento. Há vinte e quatro anos atrás, ingressei nessa corporação (PMSE) mais precisamente no dia 01/03/1990. Passei Quinze anos pra ser promovido a Cabo. Tenho oito anos na promoção de Cabo. Comprometi-me em defender a sociedade para que assim fosse mantida a Ordem e Manutenção da Segurança Pública. Fiz juramento; “Em se preciso trocar a minha vida por um Sergipe de paz e harmonia”. E foi dessa maneira, que labutei por todos esses anos de dedicação, com amor e alto grau de profissionalismo. Mas infelizmente! No período em que estávamos com o salário totalmente defasado. Digo na então época do nosso movimento “TOLERÂNCIA ZERO” no qual Vossa Excelência foi um dos Mártires. Como o demais companheiro daquela época, não teve alternativa, a não ser fazer o famoso Bico. E assim entre Mortos e Feridos. Eu era mais um pai de família colocando minha vida em risco mais uma vez, pra garantir uma condição de vida mais digna pra os meus filhos e esposa. Por questões financeiras (dificuldade). Em certo dia, encontrava-me no local em que fazia tal segurança. Apareceram Policias Federais, e abordaram-me em relação à segurança que fazia, depois de muito tempo, perguntaram-me se eu possuía arma. Afirmei e disse aos mesmos que pelo fato de ser um Policial Militar possuía uma arma. Só que o pior estava por vir. Logo em seguida, surgiram mais dois PF e os mesmos me indagaram com relação ao registro da arma. Falei que tinha pouco tempo de comprada das mãos de outro colega da PMSE, e que já tinha dado entrada no registro da mesma, onde fora adquirida através da Associação de Cabos e Soldados. E que também os mesmos não estavam lhe dando com nenhum marginal e sim um pai de família, querendo apenas dá o melhor pra os filhos. Mesmo assim, os mesmos pediram pra que eu os acompanhassem até a Sede da PF na Avenida Rio de Janeiro. Pensei pra mim mesmo? Se os acompanhava ou se me dirigia até então a Quarta Companhia do Augusto Franco, só que na verdade eu não senti proteção, com receio de ser repreendido por algum Oficial. Daí então, preferir adentra na viatura da PF. E sendo assim, devido minha ingenuidade e sinceridade. Tive que passar por esse constrangimento perante todos ali presente. E na minha primeira audiência na Segunda Vara Criminal do Fórum Gumersindo Bessa. Aleguei ao Meritíssimo Juiz de Direito e a Drª Promotora, que me encontrava passando por momentos de dificuldade financeira. Que tinha filhos e esposa pra sustentar. Que tinha um Comportamento Excepcional dentro da corporação e que também já me encontrava de posse do tal registro questionado. Mesmo assim, a Promotora não quis saber, e o caso foi levado pra frente, e depois de alguns meses saiu minha sentença. Ou seja, fui CONDENADO POR PORTE ILEGAL DE ARMA E TER QUE CUMPRI ; TRÊS ANOS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS; OU SEJA, DUAS PENAS RESTRITAS DE DIREITO. Hoje presto Serviços em duas Creches próximo da minha casa. Do fundo da minha alma, estou extremamente feliz por que não peguei dois ou quatro anos de prisão como manda o CPP, e também por está praticando uma boa ação, e encontrar pessoas que realmente precisam de mim. Mas por outro lado estou sem condições se quer de passear com minha família devido o ESTRESSE, provocado por estas DUAS PENAS RESTRITAS. E ainda ter que conciliar com meu trabalho. Nem se quer, tenho tempo de levar meus filhos ao médico. Ficando pela manhã em uma e a tarde em outra”. E o pior ainda está por vi, vou perder minha Promoção tão desejada por nós Policias Militares, devido tal pena a mim dada. Infelizmente, a justiça dos homens condena um pai de família, que só queria dá uma condição de vida melhor pra família. Sempre pratiquei “Boas Obras” independentes de qualquer pena a mim dada. “Porque apesar de me tornar uma pessoa às vezes um pouco violenta (O Uso Progressivo da Força), Em razão, ao dia-dia da minha profissão. Eu sei que existe algo de bonito dentro de mim. Algo que a minha própria imaginação desconhece, mas que Deus engrandece...”. Por isso Excelentíssimo Deputado Capitão Samuel. É que venho mui respeitosamente solicitar de Vossa Senhoria. Que Elabore Alguma Lei, ou fale com nosso Comandante, e, que o mesmo através dos magistrados reveja tal situação. Não só sofrida por mim, mais também pelos demais companheiros na mesma situação em que me encontro. Porque o Crime que cometi não foi um crime HEDIONDO. Mas que todos na minha situação fariam o mesmo. Que DEUS em Cristo Jesus continue confortando meu coração... Amém! Se quiser, mandarei minha Sentença na integra pra o senhor. Processo de numero201021200019 Atenciosamente; Cabo velho por mais cinco anos devido minha condenação.

*O nome do policial militar foi retirado a pedido do mesmo.