Redação Folha Vitória
A família do caminhoneiro morto pelo policial Saulo Oliveira de Souza comemorou a decisão da Polícia Militar do Espírito Santo de exonerar o soldado da corporação. O PM é acusado de assassinar Antonio Rodrigues após um acidente de trânsito na BR-101, na Serra. Apesar da decisão, os parentes ainda esperam a condenação criminal do agora ex-policial.
O crime aconteceu no dia 8 de novembro de 2011. Revoltado por causa do acidente, o soldado da 5ª Companhia do 1º Batalhão sacou a arma da corporação e atirou quatro vezes contra Antonio Rodrigues.
O filho do caminhoneiro, Paulo Vito dos Santos Rodrigues, acredita que a exoneração é a menor das punições para o ato do policial. "No momento está bom, ainda não é o que a gete espera no total, mas pelo menos a gente vê que ele foi expulso da Polícia Militar. É o mínimo que eles poderiam fazer neste momento", ressaltou.
Paulo Vito também afirmou que a família espera a condenação de Saulo Oliveira de Souza. "Estamos na expectativa agora para ver o que vai acontecer, porque cinco vezes a audiência foi marcada e desmarcada no Fórum da Serra. A última era para ser no dia 09 de abril, todos nós fomos até o local, familiares, e na hora desmarcaram porque o advogado dele mandou uma carta falando que ele não poderia comparecer. Esperamos que ele seja condenado e pague pelo crime que cometeu", disse.
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A decisão da exoneração do policial Saulo Oliveira de Souza foi anunciada pelo comandante da Polícia Militar, o coronel Ronalt Willian de Oliveira. “O processo administrativo foi concluído e a conclusão a que chegou o encarregado é que, realmente, esse ato denegriu fortemente a imagem da nossa corporação e o soldado Saulo de Oliveira foi licenciado a bem da disciplina, ou seja, foi excluído da nossa corporação”, afirmou o comandante geral da PM, Ronalt Willian.
Saulo completaria oito anos na Polícia Militar em julho. “Ele utilizou a arma da corporação no horário de folga. A arma é conferida ao policial militar para ser utilizada de forma racional e responsável em prol de um bem comum e não por interesses particulares alheios ao interesse público”, comentou o comandante.
“Em novembro, nós nos solidarizamos com a família da vítima e informamos que a Polícia Militar não faz e não fazia pré-julgamentos. Nesse momento eu trago à sociedade capixaba a transparência nos trabalhos da PM. Esse ato é indigno para uma polícia que comemora neste mês 177 anos de existência e tem como lema servir e proteger a nossa sociedade”, concluiu Ronalt Willian.
Fonte: folha vitoria
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