Um soldado da Polícia Militar teve a companhia de pelo menos 40 outros PMs durante uma vigília em frente à sua casa na quarta-feira (18), em Vilar dos Teles, no Subúrbio do Rio, após registrar ameaça contra ele e sua família na 64ª DP, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. "Foi emocionante. Mesmo de folga eles atenderam ao meu chamado", contou.
Em entrevista ao G1, o PM, que não quis se identificar, disse que fez o registro por ameaça contra a prima que, segundo ele, é usuária de drogas. Ele disse ter investigado, por conta própria, que ela estava planejando matá-lo com a ajuda de traficantes do Morro da Ruthe e do Amor, em Vilar dos Teles.
O PM, que morava próximo às comunidades, decidiu sair do local. "Passei a sofrer ameaças de morte por parte dela depois que tentei impedir que a mesma instalasse um ponto de venda de drogas na rua onde eu morava. Sai de lá para não morrer. Não iriam lá me expulsar, iriam me matar a pedido dela", contou.
O policial afirmou que viu uma movimentação suspeita por parte da prima. "Vi, pela fresta do meu portão, um Fiat Ideia Adventure parado próximo a minha residência e ela debruçada sobre a janela do carona mostrando o que pareciam ser fotos do celular dela, que acredito serem da minha pessoa. Em seguida, a mesma apontava para minha residência. Depois que vi isso, resolvi abrir meu portão e deixar que eles me vissem. Na mesma hora, ela deu duas batidas na porta do carona e os indivíduos deram ré na contramão. Tive absoluta certeza que corria risco de vida", relata.
O soldado foi à delegacia de São João de Meriti para registrar a ameaça. De lá, ele decidiu convocar, em diversas redes sociais, alguns amigos policiais para que ficassem de vigília em sua casa. A resposta, segundo ele, foi surpreendente. "Na mesma hora, todos começaram a repassar as informações e a se mobilizar em uma campanha para fazer prontidão na minha casa. Eles ficaram de prontidão até que eu saísse de lá com meus pertences", contou o soldado. "São heróis e merecem ser reverenciados".
A 64ª DP está investigando o caso. Anteriormente, o policial já havia registrado queixa de ameaça feita à mãe dele. De acordo com a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM/São João do Meriti), a mulher prestou queixa contra um policial militar. Posteriormente, o policial militar prestou queixa contra a mulher. Os envolvidos foram ouvidos e o caso encaminhado para o Juizado Especial Criminal (Jecrim).
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