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quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Ex-juiz Celso Gioia, acusado em 16 processos, é preso pela Polícia Federal


Ex-juiz Celso Gioia, acusado em 16 processos, é preso pela Polícia Federal na tarde desta quarta (8)


A decisão foi tomada devido à suspeita de que o juiz estivesse coagindo testemunhas de processos em que é parte


Celso Gioia respondia pela Vara de Infância e Juventude de Manaus (Audimar Arruda/ Arquivo A CRÍTICA)

O ex-juiz Celso Gioia, afastado das funções de magistrado em junho de 2009, foi preso pela Polícia Federal na tarde desta quarta-feira (8), em cumprimento a uma decisão da Justiça Federal.
Informações preliminares apuradas pela reportagem dão conta que a decisão foi tomada devido à suspeita de que o juiz estivesse coagindo testemunhas de processos em que é parte. Acusações de venda de sentença, manipulação de processos, falsificação de documentos, formação de quadrilha, extorsão e corrupções ativa e passiva, além de desvio de recurso públicos são algumas das que pesam contra Celso.
Também hoje, a juíza federal Luiza Farias da Silva Mendonça emitiu um despacho nos autos alegando que Celso não tinha direito a uma sala do Estado-Maior, ou seja, de acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF), uma cela instalada no Comando das Forças Armadas ou de outras instituições militares, sem grades ou portas fechadas pelo lado de fora.
Apesar disso, por ter formação de nível superior, a juíza declarou que Celso tem direito à prisão especial, de acordo com o previsto na legislação brasileira.
Ele foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) para realização do exame de corpo de delito e, depois, encaminhado ao Centro de Detenção Provisória (CDP), localizado no Km 8 da BR-174, que liga Manaus a Boa Vista.
Afastamento
Celso Gioia, que respondia pela Vara de Infância e Juventude de Manaus, perdeu a toga por determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que motivou sua decisão elencando as então 16 diferentes acusações contra ele, entre elas, improbidade administrativa, tráfico de influência e uso de laranjas em negócios comerciais. Apesar de afastado, ele teve direito a aposentadoria com proventos integrais, o que indignou a opinião pública.

Fonte: A Critica

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