Decreto autoriza retirar do mar quem insistir em ficar em trecho perigoso. Placas alertam para risco de ataque em quase 30 km da costa de PE.
05/08/2014 19h57 - Atualizado em 05/08/2014 19h57
Do G1 PE
Quem desobedecer à orientação de um salva-vida para sair de uma área do litoral onde há risco de ataque de tubarão em Pernambuco pode parar na delegacia. Um decreto publicado no Diário Oficial do Estado, semana passada, ampliou o poder de fiscalização dos bombeiros, que agora podem acionar a polícia para retirar do mar o banhista que insistir em ficar em um trecho considerado perigoso.
Atualmente, placas instaladas em quase 30 quilômetros da costa pernambucana, entre o Fortim do Queijo, em Olinda, e Itapuama, no Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, alertam para o risco de ataque. No entanto, segundo o Corpo de Bombeiros, nem sempre as pessoas que estão em áreas de perigo saem do mar quando são orientadas por salva-vidas. “Eles dizem que é um local público, têm o direito de ir e vir e se negam a sair”, diz o soldado dos Bombeiros Waldemir Marques.
Atualmente, placas instaladas em quase 30 quilômetros da costa pernambucana, entre o Fortim do Queijo, em Olinda, e Itapuama, no Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, alertam para o risco de ataque. No entanto, segundo o Corpo de Bombeiros, nem sempre as pessoas que estão em áreas de perigo saem do mar quando são orientadas por salva-vidas. “Eles dizem que é um local público, têm o direito de ir e vir e se negam a sair”, diz o soldado dos Bombeiros Waldemir Marques.
Desde 1999, o governo já havia aprovado restrição para a prática de surf, body boarding e outros esportes, mas o novo decreto é mais abrangente e amplia as atividades proibidas, entre elas nadar e mergulhar nesses locais. “Se o guarda-vidas insistir, a pessoa não quiser sair e nós sabemos que pode acontecer não somente ataque de tubarão como afogamento, então o guarda-vidas, ele solicita ao grupamento apoio policial pra que ele possa dar prosseguimento à ocorrência”, explicou o sub-comandante do Grupamento de Bombeiros Marítimos, major Cristiano Viega.
Quem frequenta a Praia de Boa Viagem, um dos cartões-postais da cidade, não se incomodou com a restrição. “Eu acho que os banhistas são rebeldes e precisa mesmo de uma lei para que os bombeiros tirem as pessoas que estão na praia. Vendo uma pessoa atrevida, a gente tem que ir lá e tirar”, disse a enfermeira Maria do Carmo Souza Leão. “Eu acho que se houve uma medida nesse sentido é para proteger a população”, comentou o militar Daniel Gomes Maia.
Histórico de ataques
A estudante Bruna Gobbi foi a última vítima de um ataque de tubarão em Pernambuco. Ela foi mordida por um animal na tarde do dia 22 de julho de 2013, na Praia de Boa Viagem. A jovem chegou a ser socorrida, teve parte da perna amputada, mas morreu por volta das 23h30 do mesmo dia no Hospital da Restauração, na área central do Recife.
Bruna foi a primeira mulher a morrer após ser mordida por um tubarão no estado desde que ataques começaram a ser contabilizados pelo Comitê Estadual de Prevenção aos Incidentes com Tubarões (Cemit). O caso foi o 59º em Pernambuco, sendo a 24ª morte.
De acordo com o Cemit, no dia do ataque, a família de Bruna Gobbi foi informada pelo Corpo de Bombeiros que estava em uma área de risco. Mesmo assim, o grupo teria se recusado a sair do mar.
Quem frequenta a Praia de Boa Viagem, um dos cartões-postais da cidade, não se incomodou com a restrição. “Eu acho que os banhistas são rebeldes e precisa mesmo de uma lei para que os bombeiros tirem as pessoas que estão na praia. Vendo uma pessoa atrevida, a gente tem que ir lá e tirar”, disse a enfermeira Maria do Carmo Souza Leão. “Eu acho que se houve uma medida nesse sentido é para proteger a população”, comentou o militar Daniel Gomes Maia.
Histórico de ataques
A estudante Bruna Gobbi foi a última vítima de um ataque de tubarão em Pernambuco. Ela foi mordida por um animal na tarde do dia 22 de julho de 2013, na Praia de Boa Viagem. A jovem chegou a ser socorrida, teve parte da perna amputada, mas morreu por volta das 23h30 do mesmo dia no Hospital da Restauração, na área central do Recife.
Bruna foi a primeira mulher a morrer após ser mordida por um tubarão no estado desde que ataques começaram a ser contabilizados pelo Comitê Estadual de Prevenção aos Incidentes com Tubarões (Cemit). O caso foi o 59º em Pernambuco, sendo a 24ª morte.
De acordo com o Cemit, no dia do ataque, a família de Bruna Gobbi foi informada pelo Corpo de Bombeiros que estava em uma área de risco. Mesmo assim, o grupo teria se recusado a sair do mar.
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