A Polícia Militar utilizou uma arma de choque para controlar um adolescente que estava alterado em uma escola da rede estadual de ensino do Bairro Capoeiras, na região continental de Florianópolis . De acordo com a PM, o rapaz de 16 anos estava atrapalhando a aula e agrediu verbalmente uma professora da Escola Dayse Werner Salles. Segundo o diretor, a suspeita é de que o garoto estivesse sob o efeito de entorpecentes.
Segundo o diretor da escola, Juliano Reckers, o rapaz estava em sala de aula com um mp3 de uma colega, e estava ouvindo música, cantando e dançando. A professora pediu ao aluno que parasse, e o jovem começou a agredir verbalmente. O diretor então ligou para os pais do estudante, mas eles não atenderam. O Conselho Tutelar foi acionado, mas orientou o diretor a acionar a PM, já que, segundo o responsável pela escola, a suspeita é que o jovem estivesse sob o efeito de drogas.
De acordo com o diretor, aluno estava alterado em sala de aula
A polícia chegou ao local e tentou deter o rapaz, mas, como ele reagiu violentamente e agrediu os policiais, foi utilizada a arma de choque para contê-lo. Segundo a PM, o jovem foi imobilizado com o choque e algemado.
De acordo com a delegada Juliana Gomes, da Delegacia de proteção à mulher, a infância e à adolescência, será aberto um boletim de ocorrência circunstanciado, procedimento aberto quando envolve menores de idade. Em dois meses será aberta audiência com o Ministério Público para definir qual a melhor médida sócio-educativa a ser cumprida pelo rapaz. Ainda segundo a delegada, os policiais que conduziram o menor chegaram à delegacia com arranhões.
A professora que estava em sala de aula foi até a delegacia e confirmou o que havia acontecido em sala de aula. Segundo o diretor Reckers, a utilização da arma de choque causou revolta e medo nos outros estudantes.
De acordo com tenente-coronel Mauro da Silveira, o procedimento utilizado quando as  pessoas apresentam alteração é a contenção com a arma de choque, porém, por se tratar de um ambiente escolar, a situação poderia ter sido melhor avaliada, já que havia a presença de crianças e adolescentes no local. Por isso será aberto um Inquérito Polícial Militar na corregedoria da PM.
As aulas na escola foram suspensas até as 12h desta terça-feira (20), quando ocorrerá uma reunião entre os professores e os diretores. Já na quarta-feira (21) haverá uma reunião com o aluno e os pais dele.