O jovem Isac Martins, de 22 anos, foi baleado por policiais militares na sexta-feira (30) durante uma perseguição em Piracanjuba , na região sul de Goiás. De acordo com a irmã da vítima, Sara Martins, ele estava trabalhando no lava a jato quando foi atingido por um disparo na barriga. Os policiais prenderam o rapaz e, segundo a família, impedem que ele receba visitas no Hospital de Urgências de Goiânia , onde está internado em estado regular. A Polícia Militar (PM) alega que atirou no rapaz porque ele estava armado, mas testemunha nega.
Os PMs informaram à polícia que eles perseguiam uma quadrilha que roubou um carro em Caldas Novas e seguiu para Piracanjuba. Com objetivo de parar os criminosos, militares bloquearam uma avenida da cidade com um caminhão. Para tentar fugir, os suspeitos entraram no lava a jato e os policiais foram atrás.
Os familiares disseram que Isac Martins saiu correndo do lava a jato ao ouvir os disparos. Neste momento, ele foi atingido por uma bala.
Após ser ferido, a vítima foi encaminhada para o Hugo. Três irmãos e a mulher da vítima, de 17 anos, também vieram para a capital. Desde a noite de sexta-feira eles aguardam por informações sobre o estado de saúde de Isac. No entanto, segundo os parentes, ele está detido e escoltado por policiais, assim, não podem vê-lo.
Para a família, Isac está preso por que a polícia tenta esconder uma falha durante a operação em Piracanjuba. "Ele estava trabalhando honestamente. Meu irmão pensou que não ia atirar nele. Então ele foi lá para o fundo do lava a jato e eles foram e atiraram no meu irmão. Meu irmão não deve, é inocente. Eles estão acusando que meu irmão está envolvido nisso porque eles atiraram no meu irmão. Ele foi uma vítima disso tudo", declarou a irmã.
Delegado de Caldas Novas, Pedro Garcia afirma que os policiais confundiram Isac com um dos assaltantes porque ele estava armado. "No momento do flagrante, seis policiais foram ouvidos. Os três de Caldas disseram que Isaac estaria no crime e, inclusive, teria disparado contra um dos policiais", informou.
Entretanto, um homem que estava no lava a jato e preferiu não se identificar reforçou a versão da família. Ele contou que Isac estava lavando um carro no momento da confusão. "Ele estava lavando um carro. Não estava armado, estava de bermuda. Quando aconteceu o tumulto até eu corri pra tentar pular o muro. Ele foi uma vítima. Eles acharam que ele era bandido porque ele correu", declarou.
A Corregedoria da Polícia Militar vai apurar o caso.