Informação policial e Bombeiro Militar

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Militares são denunciados por abuso de autoridade e truculência


Railton Teixeira

Imagem meramente ilustrativa 

“A Polícia Militar de Alagoas ainda age de forma truculenta, com abuso de autoridade e impondo a sua força”, foi desta forma que destacou aoAlagoas24horas o líder do movimento negro, Benedito Jorge, e sua esposa Franceline Terto, após uma investida policial no bairro da Pajuçara, no início da noite deste domingo, 11.

De acordo com Jorge, um professor universitário do estado de Minas Gerais assistia ao pôr do sol, na Praça Lions, quando presenciou uma guarnição da Polícia Militar espancando e agredindo um adolescente. Segundo ele, o turista ficou ‘estarrecido’ com a ação dos agentes da lei e desta forma decidiu por contra própria tomar uma atitude, a de filmar a ação policial.

Ao perceber que o turista estava filmando a ação, os policiais começaram a intimidá-lo. Segundo Jorge, ele e sua esposa, a professora da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Franceline chegavam ao local e também sofreram a investida dos militares.

“Eu tinha deixado ele ali para ele ver o pôr do sol e os outros professores universitários, do Rio de Janeiro e São Paulo, tinha deixado em outro local. Tudo isso aconteceu no momento que a gente ia pegá-los para retornar a minha residência”, explicou Jorge.

Ainda de acordo com Jorge, os militares queriam a filmagem e por não querer entregá-la, apenas Jorge e Franceline foram algemados e permaneceram por mais de 20 minutos na mala da viatura, sob a acusação de desacato à autoridade.

“Ficamos na mala, sendo xingados e desrespeitados por aqueles que deveriam fazer a nossa segurança, mas infelizmente ele abusam da autoridade e tudo isso porque o professor e turista filmava a ação truculenta da polícia”, enfatizou.

Após a liberação, eles estiveram na Central de Flagrantes, no bairro do Farol, para confeccionar um Boletim de Ocorrência. “Nós já procuramos a Ordem dos Advogados do Brasil (em Alagoas), mas ainda hoje nós estaremos lá, além da Corregedoria da PM e demais órgãos”, enfatizou.

Ação truculenta

Para o estudioso das ações da Polícia Militar de Alagoas e vítima de uma ação equivocada da polícia, o sociólogo Carlos Martins, os militares não sabem distinguir o que é força e o que é violência. Ele destacou ainda que em seu estudo pode identificar que muitos agentes da lei esquecem o que aprendem na academia e abussam da forçadurante as abordagens.

Ele classificou como violência pura a ação dos militares e destacou que a prática é considerada crime que pode até levar a prisão dos policiais. “E depois de um ano que sofro uma investida malsucedida agora aparece outro caso, isso porque eles denunciaram, pois essa prática abusiva é comum, mas as pessoas temem em denunciar”, explicou.

A reportagem do Alagoas 24 horas tenta contato com o Comando do Policiamento da Capital (CPC), mas ainda não obteve êxito.

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