A Polícia Civil prendeu, na noite desta terça-feira (5), o vereador Carlos Alberto Macedo e o PM Damião Washington da Silva Ferreira, suspeitos de envolvimento na morte do vereador eleito de Niterói , Lúcio do Nevada em outubro do ano passado. As informações são da assessoria da Polícia Civil.
De acordo com o delegado titular da 78ª DP (Fonseca), Paulo Guimarães, o vereador Carlos Macedo foi o mandante do crime. Sua chefe de gabinete foi a contratante dos dois policiais, que "terceirizaram" a morte do vereador a dois executores do município de Magé, um deles Marco Antonio Titoneli, que está foragido.
"As investigações foram iniciadas a partir do abandono do veículo. Foi uma investigação muito longa, até chegar novamente à cidade de Niterói e encontrarmos a participação de cada uma dessas pessoas na morte do vereador", disse Guimarães.
Segundo o delegado, a motivação do crime foi a cobiça de Carlos Macedo pelo cargo de Lúcio da Nevada, já que Macedo era o suplente do vereador eleito, que tomaria posse em janeiro de 2013.
O veículo utilizado na execução foi a primeira pista na investigação. Com documentação irregular, o carro era utilizado para crimes de estelionato. A prisão desta quarta é temporária e os indiciados poderão ser julgados por homicídio qualificado.
Operação 
Uma operação para prender envolvidos no caso foi realizada no último dia 29 , quando os agentes prenderam outros três suspeitos do assassinato, entre elas, a chefe de gabinete do vereador Carlos Macedo, Mariana Soares Queiroz da Silva. Além dela foram presos o guarda municipal de Magé Renato de Souza Valente e Jair Martins de Souza Neto, do 12º BPM (Niterói). Ambos são suspeitos de terem disparado contra o político.
Na ação, os agente também prenderam José Carlos Alves Júnior, preso em flagrante no local onde policiais cumpriam mandados de busca e apreensão. Ele não estava envolvido diretamente no caso, mas estava com documento falso e arma.
Lúcio do Nevada morreu após ser baleado.
Vereador foi morto após ser eleito 
Lúcio do Nevada, do Partido Republicano Progressista (PRP), havia se candidatado sete vezes antes de ser eleito e foi assassinado na porta de casa no dia 25 de outubro. Ele foi atingido por ao menos quatro tiros, no bairro Santa Bárbara. 
Segundo testemunhas, Lúcio estava a bordo de sua camionete, quando foi baleado. O para-brisa do veículo tinha seis marcas de tiro. Ainda de acordo com vizinhos do vereador, os disparos teriam sido feitos por ocupantes de um carro Fiat Palio.
Foto de foragido 
A polícia ainda está atrás de Marco Antônio Titoneli Barbosa, um dos suspeitos de participar da morte do vereador Lúcio Nevada, na porta de sua residência, no bairro de Santa Bárbara. Ele é o único dos acusado que continua foragido. A Polícia Civil divulgou a foto de Marco Antônio.
Marco Antônio Titoneli Barbosa é acusado de participar da morte de vereador
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