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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Pernambuco não apareceu, onde é que estão esses índices?



SP é a capital onde jovens são menos vulneráveis à violência; Rio foi a que mais evoluiu

Do UOL, em São Paulo



O Fórum Brasileiro de Segurança Pública, ONG que analisa o panorama das políticas de combate à violência no Brasil, divulgou nesta terça-feira (19) o Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência (IVJ-Violência), que aponta que o Rio de Janeiro é a capital brasileira que mais reduziu a vulnerabilidade juvenil à violência, enquanto São Paulo é a capital onde os jovens são, proporcionalmente, menos vulneráveis.

Foram analisados todos os municípios do Brasil que, de acordo com o Censo Demográfico de 2010, possuíam mais de 100 mil habitantes, totalizando 283 cidades.
O Estado de São Paulo detém sete das dez melhores cidades do ranking --Araraquara (274°), São Carlos (277°), Limeira (278°), Americana (279°), Birigui (280°), Valinhos (281°) e São Caetano do Sul (282°).
Já a Bahia abriga cinco dos dez municípios com maior índice, inclusive a primeira cidade do ranking, Eunápolis. As demais são: Porto Seguro, Paulo Afonso, Lauro de Freitas e Teixeira de Freitas.
A capital brasileira cujos jovens estão mais expostos à violência é Maceió (AL), que ocupa a 12ª posição. A cidade menos vulnerável à violência juvenil no país é Pouso Alegre, em Minas Gerais.
O Rio, que em 2007 ocupava o quinto lugar nas capitais com mais vulnerabilidade, avançou 153 colocações, passando para a posição 193 e marcando 0,471 ponto.
Palmas (102° cidade mais vulnerável), Rio Branco (97°), Cuiabá (75°), Macapá (56°), Porto Alegre (53º) e Maceió (12°) foram as capitais que pioraram no ranking, sendo que Maceió por conta de um problemático indicador de mortalidade por homicídios, é hoje a capital brasileira mais vulnerável à violência.

O índice considerou as taxas de violência a que os jovens de 12 a 29 anos de idade estão expostos: homicídios e mortalidade no trânsito, pobreza, desigualdade socioeconômica, frequência dos jovens nas escolas e o acesso ao mercado de trabalho.
"Consideramos que, nacionalmente, houve uma importante melhora do IVJ-Violência, possivelmente como resultado das políticas de maior proteção e inserção social dos jovens", disse Samira Bueno, secretária-executiva do Fórum e responsável técnica pelo índice, ressaltando, porém, que ainda há muito espaço para evoluir.
O índice é medido em uma escala que varia de 0 (melhor resultado possível) a 1 (pior resultado possível) e classifica em primeiro lugar as cidades mais vulneráveis à violência.
Funciona, portanto, como um "ranking inverso", no qual a pontuação mais elevada representa maior vulnerabilidade do município.
Ele foi desenvolvido a partir do Índice de Vulnerabilidade Juvenil, da Fundação Seade, de São Paulo, e incorpora em sua dimensão que mede homicídios e acidentes de trânsito a metodologia do Índice de Homicídios de Adolescentes, criada pelo Laboratório de Análise da Violência da UERJ.

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