Santa Catarina
Onda de ataques foram registradas em seis municípios catarinenses. Polícia Militar reforçou o policiamento nas cidades atingidas.
Por Janara Nicoletti
Do G1 SC
Os ataques a ônibus e sedes da polícia em Santa Catarina motivaram a Polícia Militar a intensificar o patrulhamento nos municípios atingidos. A determinação foi dada pelo comando-geral da PM na tarde de quinta-feira (31), em reunião com todos os comandos do estado. Até as 8h45 desta sexta-feira (1), foram confirmados 13 ataques em seis cidades catarinenses.
Entre a noite de quarta (30) e a madrugada de quinta (31), três ônibus e uma viatura da Coordenadoria de Trânsito de Florianópolis (Codetran) foram incendiados no Vale do Itajaí . Os ataques aconteceram em Gaspar, Balneário Camboriú e Itajaí. Na noite de quinta e madrugada de sexta (1), os atentados voltaram a acontecer. Foi ateado fogo em três ônibus e uma base da PM, em Florianópolis, e em um ônibus, em Palhoça. Além disso, um artefato explosivo foi jogado contra a delegacia de Camboriú, além da tentativa de incêndio em um carro em Itajaí . Por causa da insegurança gerada, motoristas de ônibus suspenderam os trabalhos durante toda a madrugada, na capital.
A PM também confirma outros dois atentados em Florianópolis . Por volta da 5h desta sexta (1), uma lixeira foi incendiada no bairro Capoeiras. Cerca de uma hora depois, também foi ateado fogo em uma pilha de pneus e roupas embaixo de um viaduto do bairro Chico Mendes.
De acordo com a chefe de comunicação social da PM, tenente-coronel Claudete Lehmkuhl, todas as possibilidades estão sendo avaliadas, mas ainda não há confirmação de nada. "É necessária cautela para relacionar e divulgar os fatos porque não temos dados que possam confirmar as suspeitas", explicou.
Entre as hipóteses levantadas, estão informações coletadas pelo Serviço de Inteligência da PM. "No último final de semana, começou a levantar a possibilidade de acontecerem novos ataques em março", afirmou Claudete. Segundo a tenente-coronel, no próximo mês, a facção criminosa de Santa Catarina completa um ano de atividade. "Ano passado, eles anteciparam os ataques que estavam planejados para março. Esta é uma possibilidade que é avaliada, mas é importante afirmar, que todas as informações que chegam para o serviço de inteligência são checadas e o momento é de cautela", reforça a tenente-coronel.
Nesta quinta-feira (31), o secretário de Segurança Pública, César Grubba, levantou a hipótese de os ataques estarem sendo motivados pela transferência de Rodrigo da Pedra, considerado o principal traficante da capital. Na ocasião, ele também destacou que ainda não há confirmação das suspeitas e que estão sendo avaliadas todas as possibilidades.
A PM reforçou o patrulhamento nos municípios atingidos e trabalha de forma integrada com outros órgãos de segurança pública do estado, conforme informado pela chefe de comunicação social da Polícia Militar. De acordo com Claudete, até o início da manhã desta sexta, apenas duas pessoas foram detidas suspeitas de estarem envolvidas nos ataques. Um adolescente e um jovem de 23 anos foram apreendidos pelo Batalhão de Choque da PM de Florianópolis, na madrugada desta sexta-feira (1) após atearem fogo em um ônibus, no bairro João Paulo, na capital.
Para ler mais notícias do G1 Santa Catarina, clique em www.g1.globo.com/sc/santa-catarina . Siga também o G1 Santa Catarina no Twitter e por RSS.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O autor desse Blog não se responsabiliza pelos comentários aqui postado. Sendo de inteira responsabilidade da pessoa que o fez as consequências do mesmo.