Informação policial e Bombeiro Militar

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Militares estaduais realizam fórum sobre escalas excessivas

por Divulgação

As escalas de serviço dos militares alagoanos serão tema de um fórum realizado no dia 19 de agosto pela Associação dos Subtenentes e Sargentos Militares de Alagoas (ASSMAL).

O evento, que tem por tema “Uma nova proposta para as escalas dos militares estaduais”, pretende buscar com os participantes uma nova forma de melhorar a qualidade de prestação de serviço a sociedade, através da motivação dos agentes de segurança pública.

Durante o fórum, os praças poderão discutir as suas dificuldades e mostrar qual o reflexo (positivo ou negativo) do trabalho excessivo para o serviço operacional de rua.

Devem participar do evento, OAB, Ministério Público, Conselho de Segurança Publica, Auditoria Militar e Secretária Municipal de Direitos Humanos, Segurança Comunitária e Cidadania (Semdisc).

Na atual gestão, mudanças feitas nas escalas deixaram os profissionais trabalhando mais de 200 horas mensais (interior) e 170 horas/mês (capital).

Antes do governo Teotônio Villela Filho, os militares tinham uma escala de 12 (horas de trabalho) x 48 (horas de folga). Hoje, funciona 12 x 24 (um dia no turno matutino) e 12 x 48 (no outro dia no horário noturno).

Agora os modernistas da corporação querem mudar para 12 (trabalho) x 36 (de folga).

“Isso é realmente desumano para os militares que trabalham dentro de uma viatura, montados em cavalos ou motos, enfrentando bandidos, tentando resgatar vitimas, fazendo parto e salvando vidas. Com a escala de 12 x 36, o policial não pode desfrutar de um fim de semana com sua família. Queremos mudar a atual situação”, afirmou o presidente da ASSMAL, Sargento Teobaldo de Almeida.

A ASSMAL defende a volta da escala 12 x 48 para capital e 24 x 72 para BOPE, Companhias Independentes e Batalhões do Interior.

Com a proposta da entidade, as escalas do BPRP, BPTran, Batalhões Operacionais que é 1 x 2 e 1 x 4 (12x24-12x48) deverão acabar.

Nas escalas de 12 por 48, o policial ao trabalhar no período noturno deve folgar 48 horas. No entanto, o entendimento do Comando do Policiamento da Capital (CPC) é que eles folguem apenas 36 horas. Caso isso seja implantado será desmotivador e estressante para os militares.

“Não vamos aceitar essa escala, não podemos jamais comparar o serviço estressante do militar (policial ou bombeiro) com o servidor civil. Os militares estão para proteger e salvar vidas, como também para perder sua própria vida e esse risco nenhum servidor civil enfrenta todo dia exercendo sua função. Ditar regras sem enfrentar as dificuldades que os soldados, cabos e sargentos passam todos os dias é fácil. O que falta é bom senso dos governantes quando editam as leis, pois jamais vimos eles prezar pelo bem-estar dos profissionais de segurança pública”, disse Almeida.

JORNADA DE 12 x 36

O regime de trabalho de 12 horas de trabalho por 36 de descanso vem gerando polêmica. O fato é que a escala é adotada em determinadas áreas como saúde e vigilância, normalmente, estabelecida em norma coletiva da categoria. Já na polícia, está sendo imposta como se os militares fossem escravos e não tivessem direitos.

Os Tribunais do Trabalho têm manifestado entendimentos divergentes sobre a matéria, havendo decisões nos seguintes sentidos:

- O regime de 12 por 36 pode ser adotado, desde que previsto em norma coletiva da categoria e a jornada de trabalho semanal não exceda o limite legal.


Fonte: http://www.primeiraedicao.com.br/?pag=maceio&cod=9230

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