Informação policial e Bombeiro Militar

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Torcedores estrangeiros terão polícia do seu país no estádio durante a Copa



PF pediu que 31 países mandem 4 policiais para ajudar nos jogos. Na frente da torcida, irão traduzir cartazes e identificar 'problemáticos'.
09/04/2014 15h17 - Atualizado em 09/04/2014 15h23
Por Tahiane Stochero
Do G1, em São Paulo
Ainda no primeiro tempo, jogo ja estava 3 a 2 para o time dos amigos de Ronaldo (Foto: Lívia Torres/G1)
Países que vão participar da Copa trarão policiais
para atuarem nos jogos (Foto: Lívia Torres/G1)
Os países que irão participar da Copa do Mundo deste ano vão enviar, a pedido da Polícia Federal, agentes especializados no controle de torcidas para acompanhar as partidas nos estádios brasileiros, com objetivo de auxiliar e monitorar seus torcedores.

Segundo o delegado da PF responsável pela segurança do Mundial, Felipe Seixas, além da área interna dos estádios, os policiais internacionais estarão presentes em três centros integrados de comando e controle, de inteligência e de antiterrorismo que serão coordenados pela PF e pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), em Brasília.
Durante a partida, ao menos quatro policiais de cada país estarão no estádio. A ideia, diz o delegado, é que eles ajudem principalmente no trato com os torcedores e na tradução, como em casos de brigas ou lendo cartazes, identificando se há frases com racismo ou incitação à violência.

"Pedimos que cada um dos 31 países envie ao menos quatro policiais para acompanharem suas torcidas nos locais de jogos. Eles estarão em cada cidade-sede dois dias antes, para conhecer o estádio. Vão se posicionar, fardados, perante sua torcida, até para que eles lhe reconheçam e peçam ajuda, se necessário”, diz o delegado ao G1.

A estratégia também servirá para inibir brigas ou ajudar torcedores que tenham problemas, sejam vítimas de furto ou roubo.

Torcedores 'problema'
“Cada país vai enviar a polícia que desejar, mas nossa expectativa é que sejam policiais que já lidam com futebol no país de origem. Alguns países, como Estados Unidos e Inglaterra, têm policiais capacitados nesta área, que até já conhecem os torcedores causadores de problemas”, afirma Seixas.

Outro diferencial será na tradução. Em uma partida do Irã ou da Coreia do Sul, por exemplo, eles atuarão apoiando os agentes da PF, orientando em como lidar com os torcedores.

“Estes policiais nos ajudarão também com a questão do idioma. Se um coreano abre um cartaz, não sabemos o que pode significar. Ele [agente estrangeiro] vai ajudar a traduzir e também a resolver ocorrências”, explica o delegado.

No centro de inteligência da PF em Brasília, os policiais estrangeiros também terão a capacidade de acessar os bancos de dados de informações sobre criminalidade nos seus países de origem. Assim, diz Seixas, será possível checar antecedentes criminais de torcedores e turistas estrangeiros que eventualmente sejam presos ou se envolvam em incidentes.

Uma portaria será publicada pelo Ministério da Justiça para regulamentar a atuação deles no Brasil durante os jogos.

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