Informação policial e Bombeiro Militar

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Controlar só as polícias?

Goiás

Enviado em 13/04/2014 às 19h03
DIÁRIO DA MANHÃ
CARLOS EDUARDO BELELLI
Observei recentemente mais uma ação do Estado, relativa a “Controle das Polícias Militar e Civil”, trata-se do ato PGJ nº 007, de 30/01/2014, do Ministério Público Estadual, onde criam “Mais” um grupo “Especial” de controle externo da atividade policial, militar e civil. Muito bacana. Mas entendo que se falam muito em “Controlar as Polícias”, “Fiscalizar as Polícias”, ou seja, as polícias militar e civil dos Estados, possuem vários “Instrumentos” que as fiscalizam, isto porquê, um pequeno universo de policiais militares e civis estão no que chamamos “Banda Podre” das polícias, indivíduos que realmente não são policiais, são bandidos com identidade de polícia. O que não entendo é que tanto nas polícias Militar e Civil, quanto no Ministério Público, no Judiciário, e em todos os outros órgãos, existem bandidos, ou seja, não é só nas polícias, e as polícias possuem suas respectivas Corregedorias que já possuem essa atribuição, aí pergunto, se tem a necessidade de criar mais grupos para fiscalizar as polícias Militar e Civil, então tem que criar grupos também pra fiscalizar o Ministério Público e o Judiciário, que também tem suas Corregedorias, mas, como nas polícias, precisam de mais controle e fiscalização de seus membros da banda podre, da mesma forma que nós policiais estamos sendo “Tratados”.
Em todas as minhas matérias eu sempre falei que o policial bandido tem que ser punido com mais rigor que o bandido comum, da mesma forma o promotor e o juiz bandido também tem.
Todas as agências públicas precisam de controle social para garantir o cumprimento de suas funções de forma satisfatória, no caso das polícias, depositária do monopólio estatal da violência legítima, esta necessidade é ainda mais peremptória, pois um desvio de conduta pode ter consequências dramáticas. Entretanto, é natural que as instituições tomem alguma medida nesse controle, pelo menos inicialmente, considerando-o como uma interferência na sua autonomia. Toda instituição policial aspira legitimidade a se ver livre da interferência “Política”, de forma que ela possa servir aos interesses da sociedade e não aos do governo. Não somos melhores, mas também não somos piores, temos nossos valores, queremos ser respeitados por todos, do governo, do Judiciário, do Ministério Público, da Sociedade como um todo. Observa que em nosso país, a vinculação tradicional de duas (2) polícias, Militar e Civil, diretamente ao governador, faz na verdade, uma polícia do governo e não da sociedade. Não entendo que os bons policiais tenham que se submeter a critérios políticos para serem promovidos, ou seja, não adianta ser um bom policial se você não tem um bom político.
Observa-se que a função do MP é fiscalizar o cumprimento das leis, defender o patrimônio nacional, o patrimônio público social, incluindo a cultura, o meio ambiente, direitos e interesses da coletividade, especialmente das comunidades indígenas – Lei nº 6.001, Família, Criança e Adolescente – Lei nº 8.069, Idosos – Lei 10.741, mas o que estamos vendo é a extinção da população indígena, o desrespeito com o idoso e o uso de forma equivocada do ECA por marginais travestidos de menores. O que eu quero dizer que muita coisa que deveria ser observada, fiscalizada pelo MP está sendo deixada de lado, e podem ter certeza, que são muito mais graves pois esses “segmentos” não possuem corregedorias para fiscalizá-los ou defendê-los. 
Criar grupos e grupos só para “fiscalizar” as polícias eu entendo que já é preconceito, discriminação, e contribui para o enfraquecimento do próprio Estado, cada vez que as polícias são desrespeitadas e tiranizadas, em juízos levianos, e afoitos, a sociedade dá um passo a mais rumo ao caos iminente, as polícias devem sim, serem cobradas às últimas consequências na realização do seu mister com eficiência, deve exigir dela que aja com eficiência, firmeza e extrema legalidade, tratando todos os cidadãos com o devido respeito e a gentileza só digna das grandes instituições.
Vejo em nosso Estado situações que nosso honrado MP também deveriam criar grupos para fiscalizar com mais “atenção” que já e dada, vivemos a anos com a corrupção, roubo, furtos em locais já conhecidos do MP, e com o possível envolvimento de autoridades, principalmente “algumas” lojas do Setor Canaã e Cidade Jardim, a chamada “robauto”, onde é do conhecimento de todos que “coisas” peças de veículos com sangue de inocentes são vendidas, com “proteção” de “agentes públicos” e “ninguém consegue mexer com eles”,. Porquê? Temos conhecimento também dos incontáveis camelódromos em Goiânia que vendem livremente produtos falsificados, e “mais uma vez, ninguém consegue mexer com eles”.
Temos conhecimento também, e o MP deve saber, que em todas as lojas chamadas “PREGÃO”, são comercializados eletro-eletrônicos de procedência duvidosa, muitas das vezes, oriundos de residências roubadas ou furtadas, e mais uma vez “ninguém consegue mexer com eles”.
Então entendo que também devam ser criados grupos especiais pelo nosso Ministério Público para investigar esses e outros tantos lugares que todo mundo “conhece”, mas ninguém mexe, Por quê? Se tem policial envolvido, que sejam presos e divulgados pela imprensa, pois são bandidos, doa a quem doer. Vamos ver também, já que iniciaram uma “operação para pegar funcionários fantasmas”, fiscalizar outros órgãos públicos, e olha que tem mais fantasmas por aí, tem muitos órgãos importantes com todo tipo de fantasmas, e observar também os chamados crimes de nepotismo, e também o nepotismo cruzado, principalmente na capital e uma verdadeira farra nas prefeituras do interior, aí sim, talvez iriam “diminuir” um pouco a corrupção, a falta de vergonha, a “sem-vergonhice”, pois não é só olhar as polícias militar e civil e fazer vistas grossas pra outras situações bem mais graves que estão aí, as vezes as polícias nada podem fazer por receio de “Intervenções” políticas, e cabe ao MP, com todo o seu poder, atuar com mais rigor contra esses verdadeiros bandidos que precisam ser fiscalizados e não possuem corregedorias.
Mais uma vez, que Deus ilumine e proteja meus irmãos policiais militares, policiais civis, policiais federais e guardas civis municipais.
(Carlos Eduardo Belelli, major da Polícia Militar de Goiás)

Fonte: DM

Um comentário:

  1. Alguém sabe alguma coisa sobre a maldito PJES, porque ainda não saiu?

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