Dilma Rousseff decidiu paralisar o processo de escolha do sucessor do ministro Ayres Britto
Presidente se irritou com a disputa aberta alimentada pelos apoiadores daqueles que eram os dois principais cotados, afirmaram fontes do govereno
Brasília- A disputa pela vaga em aberto no Supremo Tribunal Federal, que envolveu candidatos e padrinhos de dentro e fora do governo, irritou a presidente Dilma Rousseff, que decidiu paralisar nas últimas semanas o processo de escolha do sucessor do ministro Ayres Britto, segundo fontes do governo ouvidas pela Reuters.
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Diferente do que fez nas duas primeiras vagas abertas em seu governo, quando indicou Rosa Weber e Teori Zavascki de forma rápida e sem abrir espaço para muitas disputas, Dilma já leva quase quatro meses estudando o melhor nome para substituir Ayres Britto, aposentado ao completar 70 anos em novembro.
Fontes do governo, ouvidas pela Reuters, afirmaram que a presidente se irritou com a disputa aberta alimentada pelos apoiadores daqueles que eram os dois principais cotados, os advogados tributaristas Heleno Torres e Humberto Ávila, ao ponto de encerrar as discussões e pedir o exame de mais nomes.
Em encontro com o presidente do STF, Joaquim Barbosa, nos últimos dias, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, foi cobrado sobre a indicação, e afirmou que o processo de escolha estava "parado" no Planalto.
À imprensa, Cardozo afirmou apenas que a escolha da presidente seria feita em momento "oportuno". Há expectativa dentro do governo que nome saia ainda em março. A presidente não tem prazo para fazer a indicação.
Ministros da corte afirmam que a falta do 11o ministro sobrecarrega o tribunal e prejudica as pessoas que recorrem ao STF. Em uma sessão, os magistrados chegaram a se queixar que a falta do 11º magistrado atrapalhava decisões, como a modulação de processos.
"Nós temos duas consequências, a primeira é que passamos a atuar em número par, e aí é possível o empate, e a segunda é que o divisor na distribuição dos processos é menor, somos nove hoje (o presidente não entra na divisão dos novos processos que chegam)", disse o ministro Marco Aurélio Mello à Reuters.
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