Pernambuco.
A estudante Paula (nome fictício), 14 anos, conquistou, esta semana, um direito que, se tivesse como escolher, preferia não ter acesso. Ela ganhou tratamento psicológico financiado pelo governo do Estado porque foi vítima de violência sexual na casa do pai, em fevereiro de 2012. Desde então, só vai à escola com a mãe e demonstra insegurança e medo quando chega o fim de semana e precisa ir à casa do pai (divorciado da mãe). Casos como o da adolescente representam um grande desafio para a Secretaria de Defesa Social (SDS), que anuncia para o próximo mês o lançamento de uma campanha de enfrentamento aos crimes de proximidade (conflitos na comunidade ou casos de violência afetiva e familiar).
“Esse é o foco do Pacto Pela Vida em 2013. Em até 30 dias, deverá estar nas ruas uma intensa campanha de combate aos crimes de proximidade em Pernambuco. Haverá divulgação em todos os veículos de comunicação”, anunciou o secretário de Defesa Social, Wilson Damázio.
“Queremos chamar atenção, principalmente, das classes sociais atingidas pela linha de pobreza, pessoas que moram em locais onde, historicamente, há registros frequentes de crimes de proximidade, como a Rua do Papelão (bairro de São José), no Centro do Recife, onde um pai de família foi morto, semana passada, depois de uma briga por causa de lavagem para porcos”, prometeu, sem dar maiores detalhes sobre o projeto.
De janeiro a outubro de 2012, 758 pessoas morreram no Estado, vítimas de crimes de proximidade. Para Damázio, muitos desses crimes têm ligação direta com o uso de álcool e drogas. “Nossa proposta é ampliar o trabalho de inteligência policial, para alcançar os municípios do interior, em especial aqueles que apresentam números preocupantes de violência”, afirmou.
Fonte: JC Online
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