O número de homicídios em São José dos Campos (SP) dobrou no primeiro bimestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2012. Balanço da violência divulgado pelo Estado nesta segunda-feira (25) mostra que os casos de roubo e furto de veículos também subiram. Em média, oito carros são roubados ou furtados por dia na cidade.
Esses são alguns dos desafios que o coronel Cássio Roberto Armani, de 47 anos, vai enfrentar no posto que assume nesta terça-feira (26) de chefe do Comando de Policiamento do Interior em São José dos Campos (CPI-1). Nascido em São José dos Campos, ele vai comandar uma equipe de 3.500 policiais militares em uma região que há anos ocupa o posto de mais violenta do interior do Estado.
Outros desafios do novo comandante é conter a onda de explosões contra caixas eletrônicos e  aumentar o número de prefeituras que instalam câmeras de segurança para auxiliar o trabalho da polícia. Atualmente, apenas as prefeituras de São José e Campos do Jordão possuem câmeras de monitoramento, sendo que algumas ainda não são interligadas com o sistema da polícia, segundo a PM. Outra meta do novo comandante é a implantação da Atividade Delegada, que permite que policiais trabalhem para prefeituras nos dias de folga.
Avaliação 
Os ‘praças’, policiais em início de carreira, descrevem o novo comandante como um homem que tem estilo mais ‘humano’ de liderar a equipe. Segundo os policiais, isso se deve a experiência que Armani tem no Corpo de Bombeiros. Dos 31 anos que Armani tem na Polícia Militar, em 23 anos atuou nos bombeiros.
Os elogios dos subordinados também se devem ao estilo mais participativo do novo chefe da polícia. Há três semanas atuando como comandante da PM no Vale, apesar da solenidade ocorrer apenas nesta terça, Armani já adotou um ritual: todas as sextas-feiras vai para a rua junto com a equipe participar de rondas e operações de combate à criminalidade.
“Tenho feito rondas e estou com as equipes nas ruas porque acredito que o comando tem que estar junto da tropa e não atrás da mesa. Nós temos que apoiar os bons policiais e também depurar aqueles que trabalham contra o bem da população. Vamos atuar sempre de forma firme”, disse. Segundo ele, se forem comprovadas falhas dos policiais, serão tomadas medidas cabíveis no âmbito criminal e administrativo.
Balanço 
Sobre o aumento dos casos de homicídios, ele disse que  os casos em fevereiro tiveram redução em relação a janeiro. Em janeiro foram nove mortes e, em fevereiro, oito. “Acredito que existe uma preocupação exacerbada com esse balanço que é feito mensalmente pela Secretaria de Segurança Pública. Os números são uma consequência do nosso trabalho. Meu objetivo é alcançar resultados reais para a população. Quero ser bem objetivo no trabalho e dar um retorno para a população”, disse.