Informação policial e Bombeiro Militar

quinta-feira, 14 de março de 2013

Empresa privada supostamente pertencente a um Major da PM está sendo investigada por agressão.


Agressão em show: empresa ligada a militar é investigada

Maceió 

A Polícia Civil investiga se a empresa privada PSE Segurança Privada teve envolvimento na agressão de uma jovem em um show no último domingo (3). OTNH1 apurou que os seguranças da empresa trabalham para o major Antônio Carlos Amorim, da Polícia Militar. 
A delegada Maria Aparecida, do 6º Distrito Policial, confirmou que a polícia investiga a empresa de segurança particular. "Nós já sabemos que a empresa é de um policial militar. A questão é saber se ele é reformado ou da ativa, porque preciso saber para onde enviar a notificação, se para o quartel da PM ou para a empresa", afirmou a delegada, completando que está tomando as providências necessárias para convocar os seguranças que estavam de serviço no dia show, a fim de que seja feito o reconhecimento dos agressores pela vítima.
A assessoria de comunicação da Polícia Militar confirmou que o major Antônio Carlos Amorim está na ativa. Militares que ainda desempenham suas funções na corporação são proibidos de prestar serviços de segurança privada.
Segundo a delegada, Polícia Civil tenta identificar os proprietários de outra empresa de segurança particular para que ele também forneça a lista dos homens que trabalharam no show da dupla sertaneja Jorge & Matheus e do funkeiro Naldo.
Ao TNH1, um policial civil disse que a investigação era “complicada”, porque a segurança privada envolvida no episódio de agressão pertencia a um membro do alto escalão da polícia. A informação também foi confirmada pela vítima. Em uma busca na internet, foi encontrada uma publicidade da empresa PSE Segurança que destaca a “assessoria” prestada pelo Major Amorim da Polícia Militar, com “30 anos de experiência em segurança pública”.

Em contato telefônico com a sede da PSE, localizada na Gruta de Lourdes, uma funcionária confirmou que a empresa fez a segurança do show no último domingo. A mulher disse que “o major Amorim era a pessoa que cuidava da segurança e negociava orçamentos para eventos”. “Se ele não atender o telefone, é porque ele está no quartel”, completou a atendente.
Procurado pelo TNH1, o major afirmou que as empresas pertencem às suas irmãs e que ele apenas presta assessoria em suas horas vagas. “Olha, eu só faço isso quando estou de folga e tem muito policial pelo Brasil que faz o mesmo. A empresa pertence às minhas irmãs, é claro que eu iria ajudá-las. E aquela propaganda [na internet] foi um equívoco, eu já mandei tirar do ar”, completou.
Sobre o fato de os seguranças dizerem que trabalham para o major Amorim, Antônio Carlos disse que o pessoal costumava dizer o seu nome “porque ele tinha envolvimento direto no eventos”.
"O que importa saber é em relação a agressão, que ainda não foi nem comprovada. Três empresas fizeram a segurança no show, e a PSE ainda não foi notificada para apresentar a lista de seguranças que trabalharam no evento", disse Amorim.
Ministério Público vai requerer dados a delegada do caso
Após tomar conhecimento do caso, a promotora de Controle Externo do Ministério Público Estadual (MPE), Karla Padilha, afirmou que irá solicitar cópia dos depoimentos à delegada Maria Aparecida, que conduz a investigação do caso.
A promotora reforçou que militares são proibidos de prestar serviços de segurança privada. Caso a atividade paralela seja comprovada, o caso será remetido à Corregedoria da Polícia Militar.
“Precisamos ter elementos suficientes. Além de remeter o caso à corregedoria, o MP também irá avaliar quais providências serão tomadas”, completou Karla Padilha.




Fonte:tnh ne10

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