Soldados são presos por atender ocorrência fora da área de atuação.

Soldados são presos por atender ocorrência

Santa Catarina
Dois soldados da Polícia Militar de São José, região metropolitana da Capital, foram presos em flagrante quando atendiam uma ocorrência no bairro Praia Comprida. Os PMs foram presos por um major por estarem supostamente trabalhando em uma região que não faz parte da área de atuação da guarnição. O major prendeu os dois soldados com base no Regulamento Disciplinar dos Militares Estaduais (RDPM) e no Código Penal Militar. Os soldados estão presos no 7º Batalhão e receberam a visita do deputado Sargento Amauri Soares.

Em entrevista à Rádio CBN Diário, o parlamentar denunciou o despropósito da prisão em flagrante, já que os policiais militares estavam atendendo uma ocorrência e "cumprindo sua missão". "Eles estavam agindo da forma que a sociedade espera, buscando suspeitos, independente do local, apesar de terem comunicado seus superiores. Uma atitude como essa não faz qualquer sentido", reclamou.

Ele também criticou a Justiça Militar por não oferecer plantão nos finais de semana e feriado e pelo fato de não existir convênio para os militares serem atendido pela Justiça comum. "Hoje é mais fácil prender policiais do que bandido. E esses dois companheiros vão ficar presos durante todo o Carnaval, desfalcando a segurança da região", disse.

A prisão dos soldados não foi bem recebida no batalhão, apesar de o comandante se abster de qualquer manifestação. A chefe da Comunicação Social da PM, tenente-coronel Claudete Lehmkuhl, disse à Rádio CBN que os soldados foram presos por "indisciplina".

A assessoria jurídica da Associação de Praças de Santa Catarina (Aprasc) foi acionada para buscar a libertação dos soldados no plantão da Justiça comum, mas o processo foi remetido para Justiça Militar, que volta do recesso apenas depois do Carnaval.

O deputado também afirmou que a prisão despropositada afeta a motivação desses agentes e de toda a tropa, principalmente quando todo o Estado está passando por uma crise de insegurança e os policias trabalhando em jornadas extenuantes.

O jornalista Moacir Pereira repercutiu a denúncia em seu blog.

Fonte: ASPRASC