Relatório deve culpar boate e bombeiros por tragédia no RS
DOS ENVIADOS A SANTA MARIA
O relatório técnico sobre a tragédia na boate Kiss que será divulgado hoje pelo conselho de engenharia gaúcho deverá botar em xeque a atuação dos bombeiros e dos donos da casa noturna.
O documento deverá trazer conclusões sobre dois pontos essenciais que estão na gênese do incêndio: o tipo da espuma usada no revestimento e as saídas de emergência.
A espuma usada para melhorar a acústica da casa, instalada em meados do ano passado sem conhecimento dos órgãos públicos, era inapropriada para o ambiente.
Existem produtos no mercado que são antifogo e, portanto, não queimariam tão rapidamente nem exalariam o gás cianeto que intoxicou dezenas de pessoas na casa.
A Kiss tinha uma única saída para rua, o que contribuiu para a tragédia, dizem técnicos do conselho de engenharia, o Crea-RS. Os bombeiros, ao aprovarem o plano de combate a incêndio da boate, consideram duas portas internas, que levam a um hall, como duas "saídas".
Pelas dimensões da área da boate, segundo as normas, precisaria haver ao menos duas saídas até a rua ou até algum lugar seguro, longe do fogo e da fumaça.
O relatório técnico tem o papel de subsidiar as investigações da polícia. Em termos legais, o máximo que o órgão pode fazer é cassar o registro do responsável técnico da boate, caso fique provado que ele teve uma conduta incompatível com as normas.
O embasamento técnico que mostra o uso inadequado de certos produtos dentro da boate e o desrespeito às regras de prevenção de incêndio fazem parte da linha de investigação da polícia.
Na casa, foram achados três extintores. O usado pela banda não funcionou. A polícia quer saber se estavam vazios e se o número de equipamentos antifogo da boate era suficiente. (EDUARDO GERAQUE e REYNALDO TUROLLO JR.)
Fonte: Folha de São Paulo
O relatório técnico sobre a tragédia na boate Kiss que será divulgado hoje pelo conselho de engenharia gaúcho deverá botar em xeque a atuação dos bombeiros e dos donos da casa noturna.
O documento deverá trazer conclusões sobre dois pontos essenciais que estão na gênese do incêndio: o tipo da espuma usada no revestimento e as saídas de emergência.
A espuma usada para melhorar a acústica da casa, instalada em meados do ano passado sem conhecimento dos órgãos públicos, era inapropriada para o ambiente.
Existem produtos no mercado que são antifogo e, portanto, não queimariam tão rapidamente nem exalariam o gás cianeto que intoxicou dezenas de pessoas na casa.
A Kiss tinha uma única saída para rua, o que contribuiu para a tragédia, dizem técnicos do conselho de engenharia, o Crea-RS. Os bombeiros, ao aprovarem o plano de combate a incêndio da boate, consideram duas portas internas, que levam a um hall, como duas "saídas".
Pelas dimensões da área da boate, segundo as normas, precisaria haver ao menos duas saídas até a rua ou até algum lugar seguro, longe do fogo e da fumaça.
O relatório técnico tem o papel de subsidiar as investigações da polícia. Em termos legais, o máximo que o órgão pode fazer é cassar o registro do responsável técnico da boate, caso fique provado que ele teve uma conduta incompatível com as normas.
O embasamento técnico que mostra o uso inadequado de certos produtos dentro da boate e o desrespeito às regras de prevenção de incêndio fazem parte da linha de investigação da polícia.
Na casa, foram achados três extintores. O usado pela banda não funcionou. A polícia quer saber se estavam vazios e se o número de equipamentos antifogo da boate era suficiente. (EDUARDO GERAQUE e REYNALDO TUROLLO JR.)
Fonte: Folha de São Paulo
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