Deficiente mental é morto a tiros por policial militar no Norte de MinasApós levar dois tiros no peito, rapaz foi encaminhado ao hospital algemado. Crime ocorreu nesta segunda-feira no Centro de São João do Paraíso.
Por Marina Pereira
Do G1 Grande Minas
Um deficiente mental que sofria de epilepsia foi assassinado por um policial militar na porta de casa. O crime aconteceu por volta das 11h da manhã desta segunda-feira (18), na região central de São João do Paraíso , no Norte do estado.
Segundo relatos de familiares, a vítima Horácio Marcos dos Santos, de 28 anos, estava com estado nervoso alterado.
“Ele acordou com crise nervosa e começou a cortar todas as plantas do quintal. Chamamos a Polícia Militar para nos ajudar a contê-lo”, relatou o pai da vítima, Joaquim Francisco dos Santos.
Ainda segundo ele, a PM já tinha sido acionada em outras ocasiões. “Sempre pedíamos socorro à polícia, e eles já haviam nos ajudado”, diz.
Três policiais militares que eram novos na cidade se deslocaram até a casa da vítima. De acordo com a família, eles já chegaram atirando e os disparos teriam deixado o rapaz ainda mais nervoso.
Três policiais militares que eram novos na cidade se deslocaram até a casa da vítima. De acordo com a família, eles já chegaram atirando e os disparos teriam deixado o rapaz ainda mais nervoso.
Com um facão, Horácio começou a quebrar a viatura e a ameaçar um dos policiais. “Ele só apontou o facão para o militar depois de ser ameaçado com um revólver", enfatizou a mãe.
Ela relatou ainda, que a família ofereceu um pedaço de madeira para os policiais no intuito de evitar os disparos. "Parece que eles vieram aqui para matar o meu filho, nós chegamos a oferecer um pedaço de pau para que eles pudessem conter o menino, mesmo assim os tiros continuaram”, disse a mãe Neuza Rocha dos Santos.
Dos vários disparos efetuados pelos policiais, dois acertaram o peito do rapaz. Segundo a família, depois de baleado, ainda com vida, Horácio teria sido levado algemado para o hospital da cidade, onde morreu minutos depois de dar entrada.
Dos vários disparos efetuados pelos policiais, dois acertaram o peito do rapaz. Segundo a família, depois de baleado, ainda com vida, Horácio teria sido levado algemado para o hospital da cidade, onde morreu minutos depois de dar entrada.
“Ele já estava quase sem vida quando foi algemado. O que aconteceu foi uma covardia, não precisava disso”, desabafa a mãe.
O militar que atirou em Horácio, Edmar Pereira Antunes, foi promovido a sargento recentemente e trabalhava na cidade há dois meses.
Em entrevista ao G1, o tenente Fernando Viana Dias, responsável pela ocorrência, informou que o militar agiu em legítima defesa.
“Houve a necessidade de efetuar os disparos para conseguir contê-lo”, ressaltou. Ainda segundo ele, o sargento foi preso em flagrante e encaminhado ao quartel da segunda companhia da Polícia Militar em Taiobeiras, onde ficará a disposição da justiça.
População quer justiça
População quer justiça
O crime chocou a cidade de São João do Paraíso, com cerca de 23 mil habitantes. No bairro onde o jovem morava, além das marcas de sangue sobrou indignação e revolta.
“Estamos muito abalados com o que aconteceu, conheço esse menino desde criança e ele sempre foi uma pessoa tranquila. Nunca fez mal a ninguém”, relatou o vizinho Gilberto Marinho da Silva.
A doméstica Fernanda Silva Santos, também era amiga da família. Segundo ela, Horácio sempre foi uma pessoa muito boa e prestativa. “Todo mundo aqui conhece ele. Era um rapaz de coração bom, sempre disposto a ajudar.”
O jovem era conhecido na cidade pela paixão ao serviço militar. No quarto onde ele costumava passar a maior parte do tempo, uma farda, que ele teria ganhado de um amigo policial, estava em cima da cama.
“Ele era apaixonado pelos militares e acreditava que eles fossem seus amigos”, conta a irmã da vítima, Cleonice dos Santos Silva.
“Estamos muito abalados com o que aconteceu, conheço esse menino desde criança e ele sempre foi uma pessoa tranquila. Nunca fez mal a ninguém”, relatou o vizinho Gilberto Marinho da Silva.
A doméstica Fernanda Silva Santos, também era amiga da família. Segundo ela, Horácio sempre foi uma pessoa muito boa e prestativa. “Todo mundo aqui conhece ele. Era um rapaz de coração bom, sempre disposto a ajudar.”
O jovem era conhecido na cidade pela paixão ao serviço militar. No quarto onde ele costumava passar a maior parte do tempo, uma farda, que ele teria ganhado de um amigo policial, estava em cima da cama.
“Ele era apaixonado pelos militares e acreditava que eles fossem seus amigos”, conta a irmã da vítima, Cleonice dos Santos Silva.
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