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quinta-feira, 16 de julho de 2015

TRT fixa aumento de 12% e greve de ônibus chega ao fim no Grande Recife



Justiça ainda elevou para R$ 300 o valor do tíquete-refeição dos rodoviários. Motoristas, cobradores e fiscais voltam ao trabalho a 0h desta quinta (16).
15/07/2015 21h59 - Atualizado em 15/07/2015 22h29
Do G1 PE
Julgamento ocorreu na Sala de Sessões do Pleno do TRT-PE (Foto: Reprodução / TV Globo)
Julgamento ocorreu na Sala de Sessões do Pleno do TRT-PE (Foto: Reprodução / TV Globo)

O Tribunal Regional do Trabalho da 6º Região (TRT-PE) fixou em 12% o reajuste salarial para motoristas, cobradores e fiscais de ônibus do Grande Recife, no julgamento do dissídio coletivo da categoria, realizado na noite desta quarta (15), na sede do órgão, Cais do Apolo, área central da capital. O TRT também elevou de R$ 188 para R$ 300 o valor do tíquete-refeição dos rodoviários, um reajuste de 59,57%. Com isso, a greve deflagrada na última terça (14) chegou ao fim e o retorno dos trabalhadores ao serviço ocorre nesta quinta (16).

Mesmo quem tentou voltar cedo para casa enfrentou dificuldades (Foto: Reprodução / TV Globo)
Passageiros enfrentaram longa espera e paradas
lotadas durante a greve (Reprodução / TV Globo)

Com o aumento, os salários passam a ser de R$ 1.976,80 (motoristas), R$ 909,44 (cobradores) e R$ 1.277, 92 (fiscais), respectivamente. Atualmente, os vencimentos são de R$ 1.765 (motoristas), R$ 812 (cobradores) e R$ 1.141 (fiscais). O Sindicato dos Rodoviários comemorou o resultado do dissídio. Já o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE), que representa os empresários do setor, informou que vai avaliar se recorrerá da decisão.

O julgamento ocorreu na Sala de Sessões do Pleno do TRT-PE. A sessão estava marcada para começar às 18h, mas foi iniciada com atraso, por volta das 20h15. O relator do processo foi o desembargador Paulo Alcântara, que defendeu 12% de aumento salarial e 59, 57% para o tíquete. Ele foi acompanhado por dez magistrados, que também votaram a favor dos 12%. Já a proposta de elevação do tíquete foi aceita em um placar de 6 a 5.

Na última rodada de negociação, no dia 9 de julho, o sindicato patronal havia oferecido R$ 220 de vale-refeição e reajuste de 9,5%. A proposta foi rejeitada pelos rodoviários, que iniciaram a paralisação na terça (14).

Dissídio coletivo
O dissídio da categoria foi ajuizado na noite da terça (14) pelo Urbana-PE. A pedido do sindicato, o TRT determinou que, durante a greve, fosse mantida em circulação 70% da frota disponível nos horários de maior movimento (6h às 9h e 16h às 20h) e de 50% nos de menor movimento.

Durante os dois dias de paralisação, quem precisou de coletivos para ir ao trabalho sofreu com longa espera e paradas lotadas. O balanço mais recente divulgado pelo Grande Recife Consórcio de Transporte, ainda no início da tarde desta quarta, antes da votação, contabilizou que 52% da frota de ônibus circulou durante a manhã (entre 6h e 9h).

Já o percentual registrado na terça (primeiro dia da paralisação), no horário de pico da noite (entre 17h e 19h30), foi de 43,53%. Durante a greve, foram registrados 21 veículos depredados.

O Sindicato dos Rodoviários afirmou que manteve 70% da frota nas ruas, como determinou o TRT.

Usuários se apertam para entrar nos ônibus quando coletivos chegam ao Terminal Integrado de Joana Bezerra, na Zona Sul do Recife (Foto: Bruno Grubbert / TV Globo)
Usuários se apertaram para entrar nos ônibus no Terminal Integrado Joana Bezerra (Foto: Bruno Grubbert / TV Globo)

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