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sábado, 4 de abril de 2015

DILMA QUER QUE MORTE DE CRIANÇA NO ALEMÃO SEJA APURADA

Presidente divulgou nota nesta sexta-feira (03)

A Presidência da República divulgou na tarde desta sexta-feira (3/04) nota à imprensa com uma mensagem de solidariedade da presidente Dilma Rousseff (PT) à mãe de Eduardo de Jesus Ferreira, de 10 anos, morto na tarde de ontem, no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio.

"Quero expressar minha solidariedade e sentimentos de respeito neste momento de dor a Terezinha Maria de Jesus, que perdeu o filho Eduardo de Jesus Ferreira, de 10 anos, no Complexo do Alemão. Espero que as circunstâncias dessa morte sejam esclarecidas e os responsáveis, julgados e punidos", diz a nota.

Eduardo foi atingido por um tiro de fuzil na porta de casa quando policiais em patrulhamento entraram em confronto com criminosos, segundo a Coordenadoria das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP). Os policiais envolvidos na operação foram afastados das atividades e suas armas foram apreendidas para realização de confronto balístico. Uma perícia foi feita no local na mesma noite pela Delegacia de Homicídios e familiares da vítima prestaram depoimento, informou a Polícia Civil. O caso também será investigado por um Inquérito Policial Militar (IPM).

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Protestos
Moradores do Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, voltaram a protestar na tarde desta sexta-feira (03/04) pela morte de Eduardo. Eles chegaram a interditar a estrada do Tararé, mas foram impedidos por policiais militares que utilizaram bombas de efeito moral para liberar a pista.

De acordo com a Coordenadoria de Polícia Pacificadora, uma equipe do Batalhão de Choque patrulhava o local quando entraram em confronto com bandidos. Os moradores da comunidade acusam os policiais militares pelo crime. Eduardo foi a quarta vítima morta por bala perdida na comunidade em dois dias.

O governo do Rio informou, em nota, que os policiais que estavam na operação quando Eduardo foi morto foram afastados do policiamento nas ruas. Eles respondem a um Inquérito Policial Militar e tiveram suas armas recolhidas para a realização de exame balístico.

A assessoria da Polícia Pacificadora informou que o patrulhamento segue reforçado com apoio do Comando de Operações Especiais (COE).

Moradores já haviam protestadoum protesto na noite desta quinta-feira . O grupo caminhou pelas ruas do conjunto de favelas, acendendo velas e rezando. 

Ao longo dos últimos dois dias, uma série de confrontos e tiroteios deixou o Complexo do Alemão em alerta. Três pessoas foram mortas e outras três ficaram feridas em dois tiroteios ocorridos na quarta-feira, 1º. A primeira troca de tiros ocorreu por volta das 16h, quando policiais em patrulhamento entraram em confronto com suspeitos armados. Rodrigo de Souza Pereira foi atingido na cabeça e morreu no local.

Elizabeth de Moura Francisco, de 40 anos, foi atingida no rosto por uma bala perdida dentro de casa e também morreu no local. Uma filha de Elizabeth, de 14 anos, foi ferida no braço e socorrida ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, no bairro da Penha, na zona norte do Rio. A adolescente foi liberada e passa bem.

Na mesma unidade de saúde, permanece internado um jovem de 15 anos que foi atingido por tiros no braço, na perna e no tórax, mas seu estado de saúde é estável, informou a Secretaria de Estado de Saúde. Além dos dois adolescentes, um policial também foi levemente ferido por estilhaços.

Ainda na noite de quarta, outro tiroteio ocorreu por volta das 20h30 no Complexo do Alemão. Matheus Gomes de Lima foi morto na troca de tiros. O rapaz chegou a ser levado ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, mas não resistiu.

As armas dos policiais envolvidos nos dois tiroteios foram apreendidas para confronto balístico. Os casos foram registrados na Delegacia do Alemão e na Delegacia da Penha, respectivamente.

Na manhã de quinta, uma base avançada da UPP do Alemão, que funciona em um contêiner, foi depredada. As janelas e portas foram quebradas e colchões e uma caçamba de lixo foram incendiados ao lado da unidade, na Rua Canitar, segundo o Comando das UPPs.

Por meio de redes sociais como Twitter e Facebook, moradores relataram haver lixo incendiado em outros pontos da comunidade. Também houve relatos de que comerciantes mantiveram as portas fechadas no Complexo do Alemão.

Agentes do Batalhão de Choque e do Centro de Operações Especiais (COE) reforçaram o policiamento no local.


Fonte: Revista Época 

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