Em depoimento à Polícia Civil, o policial militar Alexsandro Moreira de Oliveira disse que o tiro que o atingiu no rosto foi disparado intencionalmente pela namorada, a servidora pública Ellen Gonçalves Santana, que está presa na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, na capital, desde a data do crime, no último dia 5. Ela, no entanto, alega, por meio do advogado, que o disparo foi acidental.
A vítima está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Jardim Cuiabá, na capital, e repassou algumas informações à polícia nesta segunda-feira (13). Como o ferimento foi no rosto, o policial ainda não consegue falar e respondeu aos questionamentos do delegado Antônio Sperândio, da Polícia Civil, que apurou o caso, por escrito. "Ele disse que ela atirou porque quis atirar", afirmou.
As informações do policial foram fundamentais para a conclusão das investigações. Segundo o delegado, as investigações foram concluídas nesta terça-feira (14) e a servidora pública foi indiciada pelo crime de tentativa de homicídio. O inquérito já foi encaminhado à Justiça.
O advogado da suspeita, Wandre Pinheiro de Andrade, já tinha entrado com um pedido de revogação da prisão preventiva de Ellen, mas a juíza Maria Aparecida Ferreira Fago, da 12ª Vara Criminal da capital, negou o pedido e manteve a prisão. A defesa alegou que a namorada do PM não fugiu e ainda foi até a delegacia informar sobre o tinha ocorrido. Além disso, o advogado argumentou que a cliente convivia com a vítima há bastante tempo e que não tinham tido nenhum desentendimento grave que pudesse levá-la a cometer o crime.
Consta do processo em tramitação na 12ª Vara Criminal da capital que, nos questionamentos respondidos à mão pela vítima, o PM disse que Ellen tinha pego a arma dele que estava em cima da geladeira. Depois de algum tempo, quando ele foi retirar o lixo para fora, se deparou com ela apontando a arma para ele. Ele ainda teria pedido que ela não atirasse.
No entanto, a mulher disse à polícia que atirou no policial depois de levar um susto. Alegou que ele teria mordido o pé dela quando estava deitada em um banco perto da piscina da residência. A mulher alegou que sempre guardava a arma do namorado dentro da bolsa. A pedido dele, ela pegou a arma para entregá-lo, quando teria ocorrido o disparo.
O médico que atendeu o policial logo que ele chegou ao hospital relatou que ele balbuciava muito e era possível entender a palavra mulher. O tiro, segundo o médico, foi à queima roupa, pois não havia 'chamuscamento' de sangue no rosto da vítima. A bala entrou do lado direito do rosto e saiu no maxilar esquerdo.
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