Policiais que insistirem em greve serão considerados desertores
O comandante-geral da Polícia Militar do Maranhão, coronel Zanoni Porto, assegurou que todos os militares que estão em greve, aquartelados no estacionamento da Câmara Municipal de São Luís, terão de se apresentar a partir de hoje no quartel da corporação, no Calhau. Caso a ordem seja descumprida, os grevistas serão considerados desertores.
“Todos os policiais militares que estão aquartelados na Câmara desde a semana passada terão de voltar ao serviço imediatamente ou irão enfrentar um processo de deserção e ficarão sem receber seus soldos [vencimentos]. Além disso, estamos discutindo outras medidas de punição, como cortes de salários do tempo parado pelos integrantes do movimento grevista”, declarou.
A greve dos policiais pode ter perdido sentido a partir de hoje, justamente porque legislação eleitoral impede que o Governo do Estado conceda aumento salarial num prazo de 6 meses, por causa das eleições.
O impedimento está previsto na Lei nº 9.504/1997. O movimento grevista, que tem contornos políticos, ocorre mesmo com os reajustes já concedidos pelo Executivo Estadual após acordo entre as partes. O acordo foi firmado em 2012, quando houve a ocupação da Assembleia.
De lá para cá, a Polícia Militar recebeu todos os reajustes prometidos por Roseana Sarney (PMDB), além de aumento de 53% nas gratificações dos policiais.
Cada vez mais sentido, e sem o apoio da população, o movimento grevista vai definhando e deve acabar nas próximas horas. Os policiais envolvidos terão de retornar ao trabalho na garantia da segurança e ordem pública, caso contrário, serão considerados desertores.
Fonte: Blog do Ronaldo Rocha
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